Eleição em Blumenau. Partidos grandes, desafios enormes

Foto: CMB

Lá vai o Informe falar na matemática eleitoral para a disputa de vereador em Blumenau. Mas é uma conta importante, sem ela não se chegar a lugar algum.

A primeira é do quociente eleitoral. Estima-se que neste ano, ele seja de de 11.200 a 12 mil votos. Ou seja, o partido que atingir este índice elege um. Nesta perspectiva, apostamos que três partidos e uma federação emplaque um com tranquilidade. PL, NOVO, PP e Federação Cidadania-PSDB. Provavelmente mais de um, pensando nas sobras ou mesmo na capacidade de atingir 24 mil votos.

Já não tenho tanta certeza se partidos tradicionais, como MDB, Podemos, União, Republicanos e até o PSD consigam garantir a votação de forma direta, apesar de achar provável que um ou dois destes consigam.

Partimos como base a eleição de 2020 – quando, sempre lembrando, mais de 66 mil pessoas não compareceram, número que cairá para menos da metade.

Se basearmos na votação de quatro anos, apenas o Podemos, entre estes, atingiria quociente eleitoral de hoje. Mas, o ex-partido de Mário Hildebrandt (PL), perdeu um vereador e vários suplentes, cerca de seis mil votos. Manteve a vereadora Cristiane Loureiro, que fez 3.124 votos, tentará novamente com Guto Reinert e tem o veterano Jens Mantau em sua primeira disputa fora do PSDB.

O Republicanos, que busca colar a imagem no governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e assim no bolsonarismo, tem o ex-secretário de esporte e ex-vereador Egidio Beckhauser como puxador de votos. Eles fez 2.773, mas o partido perdeu professor Ramalho, que fez 2.058 votos. Agregou Eliomar Russi, o Mazinho,  com 1.612 votos e Paulinho Muzenza, 1.025.

O União Brasil tem um puxador de votos, Professor Gilson, que tem tudo para superar os 3.311 votos da eleição passada. Mas os problemas são a companhia da nominata. Pelo pouco que soube, trouxe Cabo Venturelli e aposta em Iremar Brum, conhecido como Bafo. Terá dificuldades em atingir o quociente.

O MDB tem tudo para ter uma das candidatas mais votadas, a ex-secretária Giselle Margot Chirolli. Mas, se por caso ela parar numa majoritária, penará para obter votação para garantir um, mesmo na sobra. Pode eleger direto, mas não será tarefa fácil.

O PT tem missão difícil numa cidade marcada pelo bolsonarismo. Fez apenas 6.890 votos há quatro anos e precisará quase dobrar a votação agora. Tem o vereador Adriano Pereira, que fez 2.410 votos, e o assessor da deputada federal, Jean Volpato, como principais nomes, mas dificilmente elegerá um de forma direta.

E tem ainda o PSD, que teve sua nominata desidratada, mas ganhou um vereador, Carlos Wagner, o Alemão, de 2.220 votos, e deve ter a vereadora Silmara Miguel subindo sua votação bem. É provável eleger um de forma direta.

É uma leitura ainda superficial, faltando quase seis meses para a eleição, com muita coisa para acontecer. O Informe fez esta leitura a partir de contatos com algumas pessoas ligadas a partidos e, claro, é suscetível a erros de avaliação.

 

 

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