A foto de Ricardo Stuckert, que sempre acompanha o ex-presidente, é de uma expressividade que diz tudo sobre a dimensão de um sofrimento familiar sem precedentes, a morte de um menino de sete anos, filho, primo, sobrinho, neto.
Lula não é um preso comum e o momento exigia a sensibilidade dos envolvidos. Entendo que isso aconteceu, de parte da Justiça, Ministério Público, Polícia Federal e outros órgãos, além dos políticos, que evitaram o palanque.
Tem gente que reclama de um exagero no aparato de segurança, mas a prudência indicava um reforço maior por conta de ser a primeira saída do ex-presidente da sede da PF em Curitiba. O aparato exigiu logística e rapidez.
Porém, as redes sociais escancararam, mais uma vez, o que tem de pior no ser humano.
Eu posso não gostar do ex-presidente Lula, considerá-lo o pior dos bandidos, não reconhecer os pontos positivos da gestão dele e de sua trajetória política. Até aí tudo bem.
Mas comemorar a morte de uma criança, vítima de meningite fulminante, por ser neta do Lula (ou quem quer que fosse), passa dos limites da civilidade e da humanidade.
Tem horas que, mesmo não gostando, é preciso ficar quieto.
Posso estar errado, mas acho que a foto que ilustra a matéria não foi feita ontem, dia do sepultamento do pequeno Arthur, mas sim no dia da prisão do Lula, foto feita no interior do Sindicato dos metalúrgicos de SBC.
É sempre triste a morte e principalmente de uma criança. Mas a frase infeliz do Paulo Okamoto é ridícula. “A estada de Lula no enterro do neto, foi uma festa”. Faça-me o favor!!!!!!!!!!