Após apresentar números relativos às pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Santa Catarina durante sessão da Assembleia Legislativa, o deputado Ivan Naatz (PL) propôs a implantação no Estado de uma Casa do Autista.
“Peço ao governador Jorginho Mello que suspenda a concessão à iniciativa privada do Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras, na Capital. Sugiro, e quero que seja um pedido da Assembleia Legislativa, que naquele local seja instalada a Casa do Autista de Santa Catarina”, afirmou o parlamentar.
“Não podemos aceitar que em Santa Catarina não temos uma casa referência para o autismo. Há 1.060 famílias de autistas em tratamento e outras 1.600 aguardando por um tratamento especializado”, frisou Naatz.
O deputado disse ainda que conheceu dois casos, denominados por ele como inspiradores, de casas de autistas administradas pela prefeitura de São Paulo e pelo governo paulista.
A solicitação teve o apoio em plenário dos deputados Sergio Motta (Republicanos) e Neodi Saretta (PT).
“Total apoio à sua solicitação e aproveito para convidar o senhor a conhecer a Cidade do Autista em Sorocaba (SP), viagem que está sendo organizada pela vereadora de São José, Vera Pinheiro”, reiterou Motta.
Já o presidente da Comissão de Saúde da Casa informou que visitou um centro especializado no tema em Fortaleza (CE). “Uma sugestão maravilhosa, que não vai substituir os atendimentos já realizados, mas um centro para os casos mais graves. Para enfrentar a realidade dos casos em nosso Estado”, declarou Saretta.
Dados mostram que 91.588 pessoas foram diagnosticadas com o TEA em Santa Catarina, 1,2% da população, o nono estado em números do país, num total de 143 entidades cadastradas, 95% delas vinculadas às Apaes.
É louvável a preocupação do deputado, mas o Informe segue batendo na mesma tecla. Antes de um centro, é necessário que o estado e os municípios disponibilizem profissionais de saúde – psiquiatras, neuropediatras, terapeutas ocupacionais, psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, entre outros – nas redes públicas para atendimento da crescente demanda.





Concordo com a conclusão do mestre Alexandre Gonçalves.