A escolha dos blocos partidários no Legislativo pouco tem a ver com linha ideológica e política e sim com o pragmatismo da ocupação de espaços. É importante para a composição das comissões, em especial as de Comissão e Constituição e Justiça e Comissão de Finanças.
Com uma Câmara marcada pela divisão entre base governista e oposição/independentes, a disputa desta terça-feira, na primeira sessão ordinária de 20210 foi emblemática, com mais uma derrota do Governo, como foi a recente eleição da Mesa Diretora e a de dois anos atrás, na outra Legislatura.
São poderes independentes sim, mas é claro que o Executivo quer ter o controle. E parece que não terá nesta nova Legislatura.
Com sete vereadores fieis – um eleito pela oposição, Marcos da Rosa (DEM) -, a articulação previa o vereador Tuca dos Santos (NOVO) como o voto que daria a maioria, ele que chegou a assinar pela formação do bloco junto com o Podemos, SD, DEM, PSDB e Patriota. Mas foi convencido e bandeou-se para outro lado, no bloco que tem o PT, PP, PL, Cidadania, PSD, PSL e o Republicanos, de Egídio Beckhauser, eleito no arco de alianças no projeto de reeleição.
Com isso, o bloco de oposição e dos considerados independentes, que tem Bruno Cunha (CID) como líder e principal articulador, ocupou os principais espaços. Na CCJ, por exemplo, Tuca dos Santos será o presidente e Bruno vice, dois advogados, o que permite prever que a comissão terá papel mais técnico neste Legislatura. Além do mais, Almir Vieira (PP) será o relator. Os vereadores Alexandre Matias (PSDB) e Jovino Cardoso Neto (SD) também comporão a comissão.
A Comissão de Finanças, Orçamento, Tributação e Fiscalização será presidida pelo vereador Carlos Wagner – Alemão (PSL). O vereador Adriano Pereira (PT) ocupará a vice-presidência da Comissão e o vereador Ailton de Souza – Ito (PL) será o relator. Os membros da Comissão serão os vereadores Marcos da Rosa (DEM) e Gilson de Souza (Patriota).
Aqui você confere quem ficou em cada comissão.
Jogo de cartas marcadas , tudo já negociado nos bastidores .