Debates do final de semana foram “mornos”, mas dois encontros podem definir as eleições nesta reta final

Neste final de semana, faltando uma semana para a votação em 1º turno, aconteceram dois debates importantes, um para a eleição de presidente e outro para o Governo de Santa Catarina, promovidos por veículos de comunicação tradicionais, mas com  repercussão pequena.

O SBT, em um pool com a CNN Brasil, Terra, NovaBrasil FM, Estadão/Eldorado e VEJA, realizou o debate presidencial, que teve como grande fato político a ausência do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi o saco de pancadas.

Mas a principal repercussão midiática foi a participação do Padre Kelmonn, estranho líder de uma estranha igreja, que se apresenta como candidato do PTB a presidente da República, numa clara linha auxiliar do partido do Roberto Jéfferson à candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.

“Padre Kelmon rouba a cena e debate do SBT ficou parecendo A Praça É Nossa”, definiu bem o jornalista Britto Jr em suas redes sociais.

Pelo horário – 18h -, pelo dia – sábado -, pelo desinteresse do eleitor e também pela posição dos veículos envolvidos no pool no ranking de audiência  – sem desmerecer a importância destes veículos e sua contribuição para o jornalismo nacional – a repercussão se restringe a bolha dos envolvidos e alguns memes fora delas.

Mesma coisa para o importante debate realizado pelo grupo ND, naquele horário restrito oferecido pela Rede Record para suas afiliadas. Reuniu os oito principais candidatos, novamente com um formato inovador do ponto de vista editorial, mas no começo da tarde deste sábado.

Em Santa Catarina, o desinteresse tem um agravante. A “overdose” de debates, situação já registrada pelo Informe Blumenau. Foram mais de 20 até agora, numa conta baixa.

Na semana que começa teremos dois debates importantes, fundamentais digo até, pela abrangência e pela reta final da campanha, sendo a última oportunidade para gerar um fato novo ou confirmar uma tendência. Serão os da Globo e suas afiliadas.

No dia 29, quinta-feira, três dias antes da votação, acontece o debate com os candidatos à Presidência, com a presença confirmada do ex-presidente Lula (PT) – e os demais candidatos -, num embate que promete.

Na terça-feira, 27, tem o da NSC, com os oito candidatos com representação mínima na Câmara dos Deputados: federais: Carlos Moisés (Republicanos), Décio Lima (PT), Esperidião Amin (PP), Gean Loureiro (União Brasil), Jorge Boeira (PDT), Jorginho Mello (PL), Odair Tramontin (Novo) e Ralf Zimmer (Pros).

Os dois debates tem como principal problema o horário, depois da novela, 22h30, mas terá mais gente ligada, pela abrangência dos veículos e o momento da campanha. Mas ainda é um público seleto.

As duas eleições estão abertas, cada uma com seu contexto. Os dois últimos debates serão decisivos, como estes de agora foram inexpressivos.

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