Debate sobre moções de louvor esquenta os ânimos na Câmara de Vereadores de Blumenau

Na tarde desta quinta-feira, a Câmara Municipal de Blumenau passou cerca de uma hora debatendo sobre moções de louvor, uma prática recorrente em todos Poderes Legislativos. Uma proposta, de autoria do presidente da Casa, Almir Vieira (PP), sugeria o aumento no número de pessoas ou entidades homenageadas por mês, de três para cinco.

O vereador Diego Nasato (NOVO) comprou uma briga com quase todos os colegas, ao defender na tribuna o posicionamento contrário do partido. “É claro que é um instrumento legítimo, faz parte do Legislativo, mas quando a gente estabelece que podem ser homenageadas até 900 pessoas ou instituições por ano, isso sem falar nas Comendas Municipais do Mérito, a gente acabou banalizando esse instrumento”, declarou o parlamentar.

E seguiu. “A gente está dando moção de louvor por aniversário de casamento, para patota de time de futebol, e esse mesmo instrumento é o que a gente dá para uma autoridade médica, que salvou uma vida (…) Esse não pode ser um instrumento meramente político, que vá agradar um futuro cabo eleitoral. Infelizmente, é isso que a gente tem visto na maioria dos casos”, finalizou Nasato.

A fala do verador do Novo foi rebatida por oito colegas na sessão. O vereador Aílton de Souza, o Ito (PL), disse que  faltou sensibilidade ao colega e respeito com as pessoas homenageadas.  Bruno Souza (CIdadania), Professor Gilson (Patriota) e Cristiane Loureiro (Podemos) afirmaram que quando assumiram tinham a mesma posição do vereador do Novo, mas mudaram de opinião ao ver a importância que a moção tem para os homenageados, afirmando que é um reconhecimento do Parlamento a quem tem serviços prestados à comunidade.

O presidente Almir, endossado pelo colega Adriano Pereira (PT), determinou que daqui para frente, quando da entrega das moções, o cerimonial deveria anunciar que não houve unanimidade na homenagem e citar os vereadores e seus partidos que ficarem contrários.

A proposta de ampliar as homenagens foi aprovada por 12 votos a três. Alem de Nasato, Emmanuel dos Santos, o Tuca (Novo) e Carlos Wagner, o Alemâo (União) votaram contra, mas apenas o primeiro se manifestou.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*