Começo de campanha morno na TV e no Rádio

Foram dois dias de propaganda na TV e no Rádio – domingo não tem – , uma para Governo, Senado e deputados estaduais e outro para presidentes e deputados federais.

Como é largada, nada de muito diferente do esperado. Foram programas de apresentação dos candidatos.

Não acompanhei o programa de estreia dos governadores na sexta-feira, 31, a tarde, mas assisti atentamente no horário das 20h30, o de maior audiência.

Os programas do MDB e PSD buscaram humanizar seus candidatos, em especial Gelson Merisio. Eles tem o maior tempo, na casa dos 3 minutos e meio. O PT buscou associar a imagem do seu candidato, Décio Lima,  ao “novo”, “fazer diferente”, com 1 minuto e 20 segundos.

Os candidatos a vice, os ex-prefeitos de Napoleão Bernardes (PSDB) e João Paulo Kleinübing (DEM) não apareceram no programa sexta a noite.

A diferença de tempo entre as três principais candidaturas – Décio Lima (PT), Mauro Mariani (MDB) e Gelson Merisio (PSD) – é significativa em relação as demais, que tem menos de 15″.

Vale o mesmo para a propaganda dos presidenciáveis. Geraldo Alckmin – com mais de 40% do tempo -, Henrique Meirelles (MDB) e o PT, ainda de Lula, que será de Fernando Haddad, são os únicos candidatos com tempo razoável para comunicar-se com o eleitor.

As demais precisam usar de criatividade e remeter para as redes sociais.

Com mais de quatro minutos nos blocos de sábado, a propaganda do PSDB apresenta uma crise de identidade do seu candidato. Tentam transformar Alckmin em Geraldo e miram como adversário prioritário Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas eleitorais sem Lula.

Também buscaram humanizar o candidato do PSDB, apelidado de “chuchu” por alguns.

Humanização também é a palavra no programa do MDB, de Henrique Meirelles. Com firmeza. “Eu sou o cara que os governantes chamam quando não sabem como resolver o problema”, citou o candidato, que lembrou o convite de Lula e não fez menção ao convite de Temer (MDB), do qual foi ministro da Fazenda recentemente.

O PT usou o espaço para defender Lula, sempre com o regra 2 Fernando Haddad  na condução. O programa foi exibido cerca de 12 horas depois da decisão do TSE, que confirmou a proibição da candidatura do ex-presidente.

Os demais, com pouco tempo, tiveram que rebolar no marketing.

Em 38 segundos, Ciro Gomes (PDT) deu um jeito de falar do seu programa para tiras as pessoas do SPC. O ator Wagner Moura foi a estrela do programa de Boulos (PSOL). Marina Silva (Rede) falou com as mulheres e Jair Bolsonoro disse que é o candidato da família brasileira.

 

2 Comentário

  1. “O PT usou o espaço para defender Lula, sempre com o regra 2 Fernando Haddad na condução. O programa foi exibido cerca de 12 horas depois da decisão do TSE, que confirmou a proibição da candidatura do ex-presidente.”

    Acabou o besteirol, o presidiário não pode ser candidato, esta decidido . Somente o PT para utilizar a imagem e voz de um presidiário na campanha , é vergonhoso .

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