Carlos Moisés, cada vez mais parecido com os demais governadores

Foto: Júlio Cavalheiro/Secom SC

Ao completar a metade do seu segundo mandato, o governador Carlos Moisés (PSL) está cada vez mais parecido com seus antecessores. Percebeu que seu isolamento e falta diálogo quase custou seu mandato e agora transita entre os políticos – alguns seus algozes na Assembleia Legislativa – sinalizando como será a nova fase do seu Governo.

Em Blumenau, nesta quinta-feira, na inauguração do seu segundo mandato, foi um exemplo disso. Para começar, por inaugurar uma obra que já está em pleno funcionamento, o Centro de Inovação.

E pelas sinalizações que fez. Ouço gente comemorando a fala dele de que os recursos para o Centro de Convenções de Blumenau estão confirmados. Ué, não entendi. Em setembro de 2018 ele esteve aqui e garantiu os recursos do Estado, recursos aliás que haviam sido prometidos pelo governador anterior, Raimundo Colombo (PSD) e por quem o sucedeu na reta final do mandato, Pinho Moreira (MDB).

Ouço ele dizer que vai estudar os meios de destravar a encantada obra de prolongamento da SC 108, que são problemas burocráticos que impedem o seu prosseguimento e que o dinheiro está garantido. Dois anos de mandato e não deu ainda para vencer a burocracia?

Vale o mesmo para a escola estadual que está sendo construída na Itoupavazinha, que está “quase” pronta desde 2018. Para nenhuma destas duas obras ele deu uma posição oficial.

Ouvi uma entrevista dele falando da parceria público privada que vai gerar mais de 600 vagas no sistema prisional, ao construir o novo presídio regional no local onde está o complexo penitenciário. Quantas vezes ouvimos isso de outros governadores, em especial de Colombo?

Me perdoem as lideranças políticas que comemoram estes anúncios, gosto de vê-las mais nas trincheiras da cobrança, para isso foram eleitos.

Em dois anos de mandato, Carlos Moisés pouco fez para Blumenau, exceção que precisa ser reconhecida no aporte mensal para o Hospital Santa Isabel. Quando as coisas realmente acontecerem, o Informe Blumenau será o primeiro a aplaudir.

Por enquanto ainda não merece.

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