Câmara de Blumenau aprova lei que registra o cooperativismo como patrimônio cultural imaterial

Foto: CMB

Os vereadores aprovaram em segunda votação o Projeto de Lei 8789/2023, de autoria do vereador Bruno Cunha (Cidadania), que registra o “Cooperativismo” como patrimônio cultural imaterial do município. O artigo 2º do projeto tem a seguinte redação: “é determinada a inscrição do registro do disposto no artigo 1º desta Lei no Livro do Tombo do Patrimônio Cultural do Município de Blumenau”.

A sessão contou com a participação do presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito, Moacir Krambeck, que utilizou a tribuna livre para falar sobre a importância do cooperativismo e também contou com a participação de representantes de diversas cooperativas na plateia, que acompanharam a votação.

O vereador autor Bruno Cunha utilizou a tribuna para justificar a apresentação do projeto e a sua importância. Enalteceu a presença e força do cooperativismo na cidade e na região, que se dá, primeiramente, pela forte influência da cultura europeia, berço do movimento. Além disso, ele destacou que Blumenau é uma cidade que carrega o status de ser altamente atuante em práticas cooperativas. “Um estudo de 2022 demonstrou que Blumenau é a cidade com maior número de pessoas pertencentes que aderiram ao sistema de cooperativas do Brasil, passando de 80% das pessoas na cidade aderiram a um sistema de cooperativas. Por isso, é muito importante este reconhecimento para o desenvolvimento econômico, pensando nos processos de expansão das cooperativas em outros estados”, justificou.

Bruno Cunha também fez um resgate histórico do cooperativismo na cidade, destacando dois aspectos fundamentais: o desenvolvimento econômico local e o espírito de solidariedade. “O primeiro deles é o desenvolvimento local porque esse é um valor muito forte do cooperativismo, pois vimos que nas cooperativas existem várias linhas e recursos disponíveis para projetos sociais e para as instituições. Isso porque o cooperativismo sempre entendeu que precisa valorizar o local para que possamos crescer juntos. O outro é o espírito da solidariedade, que está enraizado na história do município desde a colonização, sendo que foi fundamental para o município se reconstruir em vários momentos diante de diversas adversidades, como nas enchentes. Esse espírito tem sim uma contribuição na solidariedade pelo cooperativismo e foi muito importante para que isso acontecesse”, destacou. Confira a discussão e votação da proposta aqui. 

Fonte: CMB

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