Audiência na Câmara de Blumenau para debater passaporte sanitário e exigência da vacina já tem data, mas convidados ainda não estão confirmados

Foto: Denner Ovídio/CMB

Como o Informe Blumenau noticiou semana passada, a Câmara Municipal vai abrir espaço para debater o passaporte sanitário e a exigência da vacina. Certamente para ouvir os argumentos de quem é contrário, pois os favoráveis, além de ser maioria, são amplamente conhecidos, como a Anvisa, órgão que decide sobre o tema, além de especialistas renomados no mundo.

A audiência pública, proposta pela vereadora Silmara Miguel (PSD) e aprovada por unanimidade, já tem data definida, será no dia 16, na próxima quarta-feira. Na justificativa, a vereadora, que está vacinada, declarou que não é contra a vacinação, mas sim a obrigatoriedade dela. Para ela, a vacina não tem 100% eficácia comprovada, apesar dos pareceres favoráveis da Anvisa, e “que não se pode obrigar as pessoas que não se sentem seguras a se vacinarem”.

Ao final da sessão desta terça-feira, 8, o vereador Adriano Pereira (PT) questionou a colega sobre os convidados para a audiência, se estariam sendo chamados médicos e outros especialistas a favor da vacina e do passaporte vacinal, afirmando que recebeu a informação de que apenas quem discorda de tais medidas estariam sendo convidados.

A vereadora respondeu de forma veemente, negando que fosse esta intenção da audiência e que não existe tal lista de convidados.  Ela disse que a audiência pública está sendo construída, para que ambos os lados se pronunciem, e dizendo que este debate não será tendencioso e que até o pessoal da Secretaria de Saúde da Prefeitura está sendo chamado, até por sugestão da vereadora Cristiane Loureiro.

Silmara Miguel diz que busca o equilíbrio dos convidados, mas este equilíbrio não existe, até porque a maioria dos profissionais e órgãos de saúde, das agencias que regulam, das autoridades, defendem estas medidas. Tomara que ela chame também os responsáveis pelos hospitais de Blumenau, inclusive os da rede privada.

Tentei falar com ela sobre a lista de convidados, mas não consegui e seguirei tentando.

Em março de 2021, a Câmara de Blumenau abriu a tribuna para o médico ginecologista e obstetra  Adilson Tadeu Machado, que apesar de não ser especialista na área de infectologia, defendeu o tratamento precoce, que não tem comprovação científica. O médico foi a convite do vereador Carlos Wagner, o Alemão (PSL).

 

 

3 Comentário

  1. Em um estado democrático de direito a obrigatoriedade não existe . Passaporte sanitário é algo que não tem a menor utilidade , posso estar vacinado , mas posso ter contraído o vírus .

    Que tal discutirem como melhorar o salário dos servidores da saúde , as dependências dos ambulatórios e hospitais . Utilizar o tempo para buscar junto ao governo estadual e federal recursos para melhorar a saúde na cidade . Querem fazer audiência pública para aparecer na mídia , para fazer de conta que estão preocupados . Politicagem , pois existem diversas maneiras de melhorar , mas para isto precisa de trabalho .

  2. Deve-se sim exigir, a partir do momento que a omissão do outro interfere na sua vida deve-se sim obrigar, quando tiver vacinas para TODOS do 0-a idade que for pode-se sim discutir, mas a partir do momento que tem uma camada sem nenhuma proteção deve-se sim exigir que a vacinação naqueles que estão aptos a receber obrigatório. Para que um estado democrático de direito funcione precisa de regras e que às pessoas respeitem não é uma terra sem lei, quando a ação ou omissão de 3 interfere na coletividade deve-se sim obrigar isso é claro e notório, a não ser para essa turma de alienado que acredita em remédio de vermes mais não acredito nas vacinas.

  3. Tu está dando aval a tirania seu paspalho? É isso mesmo? Continue esticando a corda para ver o que te acontece comentarista, o blumenauense e catarinense como um todo não irá aceitar nenhum passaporte sanitário ou medida de controle social. Não se esqueça que SC é o estado país armado do país, e não vamos titubear caso a gente precise pegar nelas para coibir a tirania de uma classe política inepta.

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