As acusações e as explicações de Julio Garcia na Operação Alcatraz

Foto: Fábio Queiroz/Agência AL

O clima foi tenso nesta terça-feira na Assembleia Legislativa, depois do anúncio da conclusão de mais um inquérito da Polícia Federal na Operação Alcatraz, que mira empresários, servidores do Estado e políticos, entre eles, o presidente da Assembleia Legislativa, Julio Garcia (PSD).

Julio Garcia é denunciado por quatro crimes: fraude em licitação, integrar organização criminosa, corrupção ativa e ocultação de bens.

A operação Alcatraz investiga  supostas falcatruas em licitações e na prestação de serviços para órgãos do Governo. O inquérito concluído agora refere-se ao período entre 2015 e 2018.

Julio Garcia reagiu e chamou uma coletiva de imprensa na própria Assembleia. Reafirmou sua inocência e declarou que o inquérito foi baseado em ilações e não conseguiu comprovar as suposições levantadas.

“Restou de toda essa investigação longa, profunda, a ilação que eu sou sócio oculto de uma empresa. Não há uma prova qualquer disso, que possa dizer que sou sócio oculto dessa empresa. É algo muito vago”, disse. A empresa é de propriedade do genro da ex-mulher do presidente da Assembleia Legislativa e este realizou alguns pagamentos em seu favor. “Era uma relação familiar”, destacou, sublinhando o fato de não haver nenhum recurso público envolvido. Esses pagamentos, disse Garcia, foram feitos como quitação de um empréstimo concedido ao amigo em 2007.

O deputado afirmou estar indignado com a situação e descartou qualquer possibilidade de se afastar da Presidência da Assembleia.

Julio Garcia assumiu o controle do PSD pós Gélson Merisio e foi um dos responsáveis pela vinda de Napoleão Bernardes para a sigla recentemente. Construía a passos largos um projeto para a sigla voltar ao poder, depois de Raimundo Colombo.

Independente das conclusões da Justiça, já está chamuscado para um projeto em 2022.

 

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