Marcos Vieira (PSDB), José Milton Schaeffer (PP), Valdir Cobalchini (MDB) e Fabiano da Luz (PT). O futuro do governador afastado Carlos Moisés (PSL) está nas mãos de um destes deputados estaduais. Eles fazem parte do Tribunal Especial de Julgamento do Impeachment, instalado na Assembleia Legislativa e composto por deputados e desembargadores.
Na votação pela admissibilidade ou não do segundo impeachment, para avaliar os crimes imputados a Moisés pela CPI dos Respiradores, estes quatro deputados votaram contra a continuidade do processo e, portanto, pela absolvição do governador. Caso eles mantenham sua posição, Carlos Moisés sobrevive e voltará para o cargo, pois são precisos sete votos para o afastamento definitivo, de um total de dez membros deste júri.
Como a análise é predominantemente política, somente uma guinada muito grande faria estes deputados mudar de opinião. A governadora em exercício Daniela Reinerh (sem partido) tem se esforçado em transmitir confiança para a sociedade e fazer agrados à classe política, mas talvez não tenha tempo suficiente para criar as condições que a mantenha no cargo. A previsão é que o julgamento definitivo aconteça entre a última semana de abril e a primeira de maio.
O MDB de Cobalchini e o PP de Schaeffer tiveram deputados nomeados por Moisés para o Governo e permaneceram no Governo Daniela. Em tese não teriam motivo para mudar o voto. O voto de Marcos Vieira, o primeiro dos deputados a votar, foi bem fundamentado, com pouco espaço para mudar e para o petista Fabiano da Luz mudar de posição significaria colocar uma governante identificada com o presidente Bolsonaro.
Um deputado, Laércio Schuster (PSB) e os cinco desembargadores votaram pela admissibilidade, mas podem mudar de posição ao julgar o mérito da denúncia. Ainda mais com a manifestação do Procuradoria Geral da República isentando o Carlos Moisés de qualquer responsabilidade, leia aqui.





Depende da análise “$$$$$” de cada um.