Ainda sobre a convenção do PSDB, realizada nesta segunda-feira, mais algumas observações.
Chamou a atenção a disposição, com direito a torcida organizada, de Leonel Pavan para emplacar seu nome como vice de Esperidião Amin (PP). Foi o único que se inscreveu para a vaga e desde o começo do ano, quando o PSDB estava sem protagonismo estadual, colocou o nome para ser candidato ao Governo numa clara tentativa de dar visibilidade ao partido e colocar o bode na sala, uma metáfora que na politica simboliza que se está vivo. Pavan tem este mérito e por isso garante seu espaço na chapa.
Assista aqui: https://cutt.ly/cZEN9O5
Outro fato que chama a atenção foi a intenção de Paulo Bauer voltar a cena política ao colocar seu nome para o Senado, numa aliança que já tem Kennedy Nunes (PTB) como candidato. Apesar da possibilidade de duas candidaturas no mesmo arco de aliança, me parece mais uma tentativa de fogo amigo contra a candidatura de Kennedy, sem dúvida mais competitiva que a do Tucano.
Um terceiro fato foi a contundência da fala do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. Ele queria estar com Moisés, mas entende que o PSDB foi tratado como um partido pequeno pelo governador candidato à reeleição. Política é feita de afagos e Esperidião Amin fez mais sinalizações para os tucanos e uma especial para Salvaro. A de que não será candidato à reeleição, abrindo espaço para o prefeito do Sul do Estado em 2026.
Por fim, a decepção de grande parte dos convencionais, alguns pré-candidatos a deputado. Eles foram citados, rapidamente, ao final do encontro, mas não foram valorizados. E ainda. Não houve nem uma votação, mesmo simbólica, para avaliar o que o partido pensa neste processo para ser encaminhada à convenção da Federação entre PSDB e Cidadania, que acontece nesta quinta-feira.
Literalmente os caciques do PSDB não quiseram ouvir o que os convencionais – alguns viajaram horas para se fazer presente – tinham para dizer.
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