A posição dos vereadores de Blumenau sobre projeto de reajuste de salário e 13º

Este deve ser o último post do Informe Blumenau sobre a votação, na última sessão da Câmara, do projeto que reajustou o salário dos vereadores em cerca de 30% e criou o 13º salário, isso para a próxima Legislatura, a partir de 2025. Já escrevemos bastante sobre, mas acho importante dar luz a posição de alguns parlamentares nesta importante votação, que na sessão desta quinta-feira, foi muito rápida, no bojo da análise de mais de 30 projetos de lei.

Antes de nada, é preciso deixar claro que o Informe entende serem dois debates válidos, o do 13º salário e o do reajuste. Tem base legal e está acontecendo nas principais Câmaras municipais. Mas que precisam, com perdão da redundância, serem debatidos e não votados com a pressa que foi.

Essa foi uma situação que me chamou a atenção na sessão de quinta. Nem os três vereadores que votaram contra, nem os dois que se abstiveram, usaram a tribuna para manifestarem sua posição. Ela apenas apareceu no painel de votação.

Um deles, Diego Nasato (Novo), disse que preferiu o silêncio, manifestando que sua posições contrárias dos colegas geram muitos dissabores internos. “Sempre defendi com força minhas posições na câmara, mas de um tempo pra cá, o que eu espero que seja um debate de ideias vira ataques pessoais.  Isso não é de hoje. Qualquer pauta polêmica cria um clima terrível de ataques pessoais, e eu não queria ter essa sensação terrível no último dia de sessão”, afirmou o parlamentar do Novo.

O vereador Professor Gilson (PSD) também se mostrou cansado e desgastado para fazer o debate, disse saber que sua manifestação não mudaria nada e preferiu o silêncio.

Através da assessoria de imprensa do Novo, o vereador Emmanuel dos Santos, o Tuca (Novo), que também votou contrário, se manifestou.

“Eu votei de forma contrária ao aumento dos nossos próprios salários e da criação do 13º salário, dá mesma forma que votei contra a criação de novos cargos comissionados, como também votei contra a criação do vale alimentação de R$ 1.050,00 para vereadores (do qual devolvo para Câmara). Enfim, não acho que isso seja extraordinário ou um diferencial, é só o básico, afinal fui eleito para respeitar o dinheiro público. Portanto enquanto houver filas por vagas em creche, postinho de saúde sem medicamentos, ruas esburacadas, não faz sentido gastar o dinheiro dos pagadores de impostos em mais privilégios para políticos”.

Busquei saber o motivo da abstenção de dois vereadores que são da base governista, Cristiane Loureiro (Podemos) e Bruno Cunha (Cidadania).

Bruno disse que sua abstenção tem peso de voto não, pois não conta nos oito votos necessários para a aprovação do projeto. Afirma ser a favor do reajuste, mas não concordou com o índice apresentado, defendia um aumento menor.

A vereadora Cristiane foi na mesma linha, afirmando que este debate vinha sendo feito há pelo menos dez dias e ela defendeu um índice menor de reajuste. Falou que sua posição não fez diferença para o resultado final.

Por fim, os oito votos da base governista, que garantiram a vitória. , Adriano Pereira (PT), Aílton de Souza, o Ito (PL), Cezar Campesatto (União), João Beltrame (Podemos), Jovino Cardoso (SD), Maurício Goll e Rolf Bublitz (ambos do PSDB) e Silmara Miguel (PSD). O presidente Almir Vieira (PP) vota apenas em caso de desempate.

E teve a ausência, por problemas de saúde, do vereador Carlos Wagner, o Alemão (União).

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