A antropofagia da extrema direita no Brasil

Imagem: reprodução

A imagem mais emblemática foi a do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, do Republicanos, na sede do PL, em ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro para marcar posição sobre a Reforma Tributária, que seria votada no dia seguinte. Defensor da Reforma, assim como a grande maioria dos governadores, Tarciso tentou argumentar, mas foi confrontado por Bolsonaro e hostilizado pelos bolsonaristas presentes.

De plano B na eleição de 2026, passou a traidor, basta olhar as redes sociais.

No começo desta semana, a imprensa nacional repercute a baixaria no grupo do whats dos deputados federais e senadores do PL, a maior bancada do Congresso Nacional. Entre os “barraqueiros” virtuais, a catarinense Júlia Zanata está entre os que mais batem boca na rede.

O senador Jorge Seif (PL), secretário nacional da Pesca no governo Bolsonaro, também é um fiel seguidor, tendo se se superado no começo da noite desta segunda. Nas redes sociais, deu publicidade a uma declaração atribuída ao deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, afirmando que Bolsonaro está isolado e é de extrema-direita.

E fez uma comparação depreciativa, carregada de preconceito. “Esta inaugurada a Direita Trans: se elegem como direita e votam como esquerda”

O tema que acendeu a fogueira deste debate foi a Reforma Tributária, que é uma construção do parlamento ao longo das últimas duas décadas pelo menos. Mas, por viés ideológico, seguindo as orientações do ex-presidente Bolsonaro, grande parte da bancada federal catarinense e o governador Jorginho Mello decidiram marcar posição contrária.

Todas as entidades empresariais importantes de Santa Catarina defenderam a aprovação, sabendo que não estava perfeito, mas era o possível. A sinalização da reforma aprovada ajuda a destravar a economia.

Com a isenção dos produtos da cesta básica e a simplificação para o consumidor, ele vai pagar menos. É fato.

Parte dos políticos catarinenses está na contramão do senso comum, apostando no radicalismo digital. Farão barulho no curto prazo, mas precisam cuidar para não ficarem falando sozinhos a médio e longo prazo.

 

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