Num país onde o crime organizado desafia o Estado de Norte a Sul, a recusa de governadores de “oposição” em apoiar a PEC da Segurança Pública revela mais do que divergência política escancara o uso da violência como ferramenta eleitoral. É o velho jogo de apostar no colapso para faturar na urna.
Os mesmos que cobram “mão firme” contra facções e defendem endurecer penas, são os que viram as costas quando o governo federal propõe estruturar uma Política Nacional de Segurança Pública integrada, com financiamento estável e coordenação entre União, Estados e Municípios.
Essa contradição tem nome: oportunismo.
O crime organizado, como lembra a Convenção de Palermo (ONU), não é apenas uma questão policial. É uma engrenagem que se alimenta da ausência do Estado, da corrupção institucional e da fragmentação das forças de segurança. Já o terrorismo, conforme aponta a INTERPOL, é o estágio em que o poder paralelo passa a intimidar e controlar populações inteiras exatamente o que vem ocorrendo em várias regiões brasileiras, onde o tráfico dita toque de recolher e o Estado se encolhe.
Diante desse quadro, o mínimo esperado seria união federativa. Mas o que se vê é o contrário: governadores que, em vez de discutir mecanismos técnicos e metas conjuntas, preferem transformar o tema em trincheira ideológica.
Negam apoio à PEC da Segurança Pública não por discordarem de seu conteúdo, mas porque ela é proposta sob um governo adversário. E assim, ao invés de combater o crime, combatem o diálogo.
É uma postura tão perigosa quanto hipócrita. Porque enquanto se fazem de “gestores eficientes” nas redes sociais, suas polícias estão mal remuneradas, suas penitenciárias superlotadas e seus territórios cada vez mais dominados por facções que operam como corporações paramilitares organizadas, armadas e integradas nacionalmente.
Ignorar que o crime organizado exige resposta coordenada é flertar com o mesmo erro de tratá-lo como simples “problema local”, quando já atua com lógica de terror territorial.
A PEC da Segurança Pública não resolve tudo. Mas representa um passo necessário para articular políticas, unificar dados, modernizar sistemas e criar critérios nacionais para investimentos em tecnologia e inteligência.
Rejeitá-la por cálculo eleitoral é confundir Estado com partido e segurança pública com slogan.
O Brasil precisa de governadores que compreendam que o enfrentamento ao crime não é guerra de narrativa, é política de Estado.
Porque enquanto os palanques se multiplicam, o crime se organiza. E o que se chama de “oposição responsável” acaba servindo, na prática, como aliança involuntária do caos.
Marco Antônio André, advogado e ativista de Direitos Humanos






PEC da segurança ou do oportunismo??? O Brasil tem leis suficientes para aplicar o que necessitamos é de homens de verdade à frente das instituições e não moleques barbados. Governadores tomem a frente das ações este é o caminho, ou seja, fragmentar o poder para dificultar o controle do MAU contra a sociedade.
Infelizmente tudo o que vem desse desgoverno do partido do nobre colunista é duvidoso. Um presidente que usa boné do CV, um ministro que entra sem segurança em uma das mais inseguras favelas do mundo, um presidente que diz que “os traficantes são vítimas dos usuários”, e por aí vai. Realmente, o que vem do governo federal é puro oportunismo.
um paisy cuja opinião oposição é clamar aos Estadunidenses, que não resolvem seus problemas, não são exemplo , para intervir belicamente, traído a nação só desencadeiam dificuldades a tamanha dificuldade que não será resolvida com narrativas oportunistas.