Opinião | Quando o “patriotismo” se ajoelha: um tapa de Trump, e os capachos agradecem

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Donald Trump, o messias do caos político internacional, voltou a fazer o que sabe de melhor: ameaçar, distorcer e manipular. Em sua carta recente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump anunciou, com a elegância de um trator desgovernado, que imporá tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA a partir de agosto. O motivo alegado? O julgamento de Jair Bolsonaro – que, segundo ele, é “uma vergonha internacional”. Vergonhoso, na verdade, é um presidente estrangeiro querer mandar no sistema judicial de um país soberano.

Trump, como de costume, distorce tudo: diz que há censura no Brasil, fala em perseguição a “eleições livres”, e tenta vender sua chantagem comercial como um ato nobre de justiça. Não é. É só mais uma tentativa patética de proteger um aliado político com sérios problemas com a Justiça. E o mais grave: essa tarifa não atinge apenas o governo brasileiro ou o agro rico do cerrado – ela atinge diretamente o bolso de TODOS os brasileiros, inclusive dos lambe-botas que o aplaudem como se estivessem em um comício de seita.

Os preços de produtos exportados subirão. O dólar reagirá. Mercados internos sofrerão. Empregos podem ser impactados. E tudo isso porque um fanático resolveu mimar outro fanático, e uma parcela da nossa elite resolveu abrir mão da própria dignidade nacional para bater continência a um bilionário americano decadente.
Onde estão agora os “patriotas” que choravam pela bandeira do Brasil? Onde estão os defensores da “soberania nacional” que gritavam nas ruas contra o “comunismo chinês” mas agora aplaudem uma interferência escancarada da Casa Branca na Justiça brasileira?

Trump não quer justiça. Quer poder. E Bolsonaro não quer inocência – quer impunidade. E no meio desse jogo sujo, quem paga a conta é o povo brasileiro, inclusive os que ainda não entenderam que bajular gringo autoritário não salva a economia, só destrói o pouco de respeito que o Brasil ainda tem no mundo.

Marco Antônio André, advogado e ativista de Direitos Humanos

5 Comentário

  1. O ex-candidato a vereador pelo PT condena o aumento de taxas do Trump mas não condena os aumentos absurdos dos impostos da sua gestão! A coerência passa longe há tempos deste colunista. Imposto deve ser reduzido ao máximo, e não aumentado, independente de sua origem! Porém, o nobre “opinador” deve achar que aumentar o IOF é bom, e a taxa de Trump é ruim! Complicado manter audiência a um jornal que tem esse Marco como gerador de textos incoerentes.

  2. Ainda bem que temos Trump para botar ordem no caos, com se diz: -Mal necessário, neste momento de loucura os EUA são o contrapeso da loucura do outro lado do mundo e do Brasil. Grande estrategista. E é claro em tempos de “Democracia relativa” qual patriota trabalhador e base da economia do país vai se arriscar? Maturidade isso sim alguns precisam e não de ideologias que só destroem a verdadeira democracia.

  3. Novamente, comentários que não agregam nada, fantasiosos e mentirosos, induzindo ao menos letrado a acreditar no que esse senhor diz.
    É triste ver que dão espaço para falácias e tendencias políticas em assuntos tão sérios.
    Quem sabe um dia esse jornal digital para de fazer isso.

  4. Cheio de capachos do Trump nos comentários, tem que rir pra não chorar. E se dizem patriotas!

  5. Os Bolsonaristas são uns analfabetos funcionais, não adianta explicar que eles nunca entendem!

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