Após cobranças do vereador Prof. Gilson (União), a Blumob passou a oferecer a possibilidade de recarregar o cartão transporte de forma online, utilizando Pix e cartão de débito/crédito. A medida era uma reivindicação antiga da comunidade, que pedia mais praticidade no sistema de recargas.
No entanto, o novo formato disponibilizado pela empresa tem gerado questionamentos. Isso porque, em vez de permitir o carregamento diretamente pelo aplicativo ou site oficial da Blumob, a operação só pode ser realizada por meio da carteira digital Recarga Pay, exigindo que o usuário crie uma conta na plataforma para efetuar o pagamento.
“Os usuários queriam uma solução simples, prática e oficial, dentro do próprio sistema da Blumob. O que vimos foi a criação de um obstáculo: para recarregar o cartão, o cidadão precisa se cadastrar em outro aplicativo, compartilhar dados e aceitar termos de uma empresa privada que nada tem a ver com o transporte público municipal”, explica o vereador Prof. Gilson.
O parlamentar afirma que a situação levanta dúvidas sobre transparência e a possível prática de venda casada, já que o serviço essencial — a recarga do cartão transporte — está atrelado a uma carteira digital específica. “Estamos tratando de um serviço público concedido. Ele precisa ser acessível, neutro e transparente. Não é aceitável que o cidadão dependa de uma plataforma particular para algo que deveria estar disponível no sistema oficial da empresa concessionária”, complementa.
Gilson destaca ainda que pretende solicitar esclarecimentos formais à Blumob e à Prefeitura de Blumenau sobre a escolha da parceria exclusiva com a Recarga Pay, além de cobrar alternativas que não obriguem o usuário a criar cadastros externos.
“O transporte coletivo precisa facilitar a vida das pessoas, não complicar. Queremos que o cidadão tenha liberdade para escolher como e onde fazer sua recarga, sem amarras e sem depender de aplicativos de terceiros”, reforça o vereador.
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