Vereador denuncia falhas na instalação de estruturas para o esgoto em Blumenau

Foto: divulgação

O vereador Bruno Win (NOVO) apresentou, nesta quinta-feira, uma denúncia sobre o que chama de estado crítico da infraestrutura de esgotamento sanitário de Blumenau. A manifestação é baseada no relatório técnico da MPB Engenharia, contratado pela Prefeitura, que revelou falhas na implantação e manutenção dos Poços de Visitas, estruturas que dão acesso a redes subterrâneas para inspeção e manutenção, como esgoto, telefone e eletricidade, muitas vezes chamado como bueiros.

O relatório é foi contratado em 2023, os resultados saíram agora e são os mesmos que serviram para embasar a administração municipal a revogar o 5º aditivo ao contrato de esgoto, assinado pela própria administração. Ele destaca outros problemas, levantados agora pelo vereador do Novo.

Entre os problemas detectados pelo relatório e reverberados por Bruni Win, estão a ausência de 2.171 desses poços, que 8% dos poços localizados estavam travados ou lacrados, impossibilitando inspeções técnicas, e que 13% dos poços têm profundidade menor que a exigida pelas normas técnicas.

Outro ponto do relatório apontado pelo parlamentar é que 26% dos poços analisados já apresentam danos estruturais, indicando risco de infiltrações de esgoto no solo e comprometimento ambiental, sendo que 64% dos locais (7.152 pontos) têm danos no asfalto ao redor dos PVs — ondulações, afundamentos e buracos percebidos diariamente pelos motoristas blumenauenses.

E ainda aponta uma sobrecarga da rede, com a vazão de esgoto maior do que a tubulação suporta em 76% dos trechos.

DE acordo com o relatório, o custo inicial para corrigir os problemas identificados é de aproximadamente R$ 50 milhões — valor que não inclui as redes executadas com recursos do PAC e da FUNASA, cuja responsabilidade era da Prefeitura e que sequer foram analisadas. “Ou seja, o buraco pode ser ainda maior”, afirma o vereador.

“O que vemos hoje é consequência de gestões que preferiram empurrar o problema com a barriga e varrer a sujeira para debaixo do asfalto. Agora, tentam fazer a população pagar a conta”, declarou Bruno Win, que garante que seguirá cobrando a Prefeitura de Blumenau, o SAMAE e a AGIR.

 

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