
A forma como se deu a votação do projeto do Issblu, na última quinta-feira, em regime de urgente urgentíssimo, mostrou a confiança da administração Egidio Ferrari (PL) nas tratativas desenvolvidas com a Câmara Municipal neste pouco mais de um mês de sessões ordinárias, com uma base mais sólida.
Primeiro, o pedido de Almir Vieira (PP) para que o projeto tramitasse de forma a ser resolvido em apenas um dia. E depois na votação.
Parece que as “melancias” se acomodaram, metáfora para ilustrar que grande parte dos vereadores – eleitos pela situação ou no arco de oposição – hoje estão no barco governista. Apenas os dois parlamentares do PT parecem fora, definitivamente.
Na recente e polêmica votação do Issblu, foram dez votos sim ao projeto do Governo e quatro não, sendo que ainda há o 15º voto, do presidente, que só vota no caso de empate, mas é favorável às decisões governistas. Neste caso, Cristiane Loureiro (Podemos) e Professor Gilson (União) votaram contra, mas tendem a votar favoravelmente em outras questões de interesse da administração municipal.
O Novo, partido que em tese era para ser oposição, sinaliza apoio à gestão Egidio Ferrari (PL), votando contra em questões pontuais, como um eventual pedido de pedalada, pelo Executivo, dos pagamentos dos débitos com o Issblu.
O governo apostou em uma base ampliada neste começo de gestão. Recuou quando percebeu que a eleição da Mesa Diretora já estava decidida, trouxe para perto de si os dois vereadores do Novo, aproximou-se de Silmara Miguel (PSD) e Cristiane Loureiro e agora sinaliza para o grupo de vereadores que ficou descontente com a eleição da Mesa Diretora, leia-se Almir Vieira, Marcelo Lanzarin (PP), Jovino Cardoso Neto (PL) e Alexandre Matias (PSDB).
Não considero uma base governista, mas sim um grupo de pessoas que dizem “amém” sempre que o prefeito-delegado mandar. Não há questionamentos, dúvidas ou oposição em prol de interesses próprios que é se manter na Câmara a qualquer custo.
A Câmara não se renova e a maioria se reelegeu por que quem está lá tem vantagem sobre os demais candidatos.
Reeleição deveria acabar, ou na melhor das hipóteses, quem quem quiser se reeleger deve sair pelo menos com seis meses de antecedência. Assim fica mais equilibrado.
Delegados, jornalistas, apresentadores de TV, entre outros, também devem ter sair de suas funções com seis meses, ou melhor, doze meses antes da eleição.
O que também deve acabar são as candidaturas que se apresentem como pastor, delegado, professor, doutor, etc. Isso engana o eleitor.