O anúncio que a TVL ganhou autorização para operar em canal aberto com sinal digital merece comemoração.Desde que exista a percepção das novas oportunidades que se abrem para o Legislativo e para a cidadania. Chegando para toda a população, com mais qualidade, a TVL pode e deve cumprir um importante papel para a democracia. Mas aí, é preciso vontade política para dizer que a TV é da Câmara Municipal, do Poder Legislativo e não dos vereadores, que precisam ter esse entendimento e deixar os egos de lado.
Não é tarefa fácil. Hoje o comando está com o cara que mais entende de televisão aqui no Vale do Itajaí, o Tico, Antônio Amaro, sem filiação partidária e nem interesses políticos. Imagino o riscado que ele deve passar para atender os interesses dos parlamentares, ávidos por auto-promoção. Mas não é este o papel de uma TV de um poder público. É sim dar visibilidade as ações dos vereadores, mas para quem tem o que mostrar e aí residem as ciumeiras e os problemas.
Mas é preciso ir além e parar de seguir vereador de lá para cá. Superar os anseios políticos e individuais e dar visibilidade a pautas do interesse da comunidade. A TV é do Legislativo, mas ela deve ser pensada para quem assiste. Cabe ao Poder Legislativo respeitar a pluralidade de temas e debates e fazer uma programação atraente, com bastante conteúdo e assuntos variados e abrir espaço para todos os segmentos da sociedade. Não é difícil, tem profissionais gabaritados para tanto.
É uma conquista e como toda conquista precisa ser bem usada.
A implantação do sistema digital é irreversível por lei. Todas TVs, abertas ou por assinatura, comerciais ou públicas, tem que se adequar até 2019. Agora o Tico e sua equipe terão que apresentar um projeto técnico para a Câmara dos Deputados, para que possa fazer parte da rede Legislativa de televisão.
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