Quem está otimista é a principal liderança do PL em Blumenau, deputado estadual Ivan Naatz, líder da bancada na Assembleia Legislativa, principal porta-voz do senador Jorginho Mello, pré-candidato ao Governo em 2022. Aposta que o PL pode filiar nos próximos dias o vereador do partido Novo, Emmanuel dos Santos, o Tuca, atualmente licenciado da Câmara e punido com o afastamento por 90 dias da filiação devido ao episódio da ocorrência de trânsito de abril deste ano. Se quiser relembrar o caso, clique aqui.
A costura que está sendo feita por Naatz, com respaldo de Jorginho – os três teriam conversado no último sábado -, é para construir uma dobradinha em que ele seja candidato a reeleição e Tuca a deputado federal, criando um bom palanque para a provável candidatura do senador ao Governo.
Tuca concorreu à Câmara dos Deputados e fez 9.535 votos, ficando entre os cinco mais votados do Novo em SC, que conquistou uma vaga com Gilson Marques, de Pomerode.
Conversei com Tuca, que volta para a Câmara na sessão do dia 9 de novembro. Ele confirmou a conversa com Ivan Naatz, e também com o presidente do PP, Osmar Guedes, em situações distintas. Mas diz que não sairá do Novo.
“Até porque não posso”, me repetiu algumas vezes, ao ser perguntado e de forma voluntária, lembrando que há uma uma questão jurídica que envolve esta possibilidade, que é a perda do mandato de vereador pela troca de partido. A janela no caso dele é abril de 2024.
Perguntei se ele teria interesse em sair, até por conta da punição interna que sofreu, da qual já disse não concordar, mas respeitar. “Cumpri, está paga a pena, vamos trabalhar”, disse, sempre destacando que não pode sair do Novo, “só em caso de expulsão”.
Tuca e Naatz são advogados, conhecem a legislação, lembrando que o hoje deputado conseguiu na Justiça manter seu mandato saindo do PV para o PL. Ele entende que caberia uma ação judicial de Tuca contra o Novo, caso o partido não abra mão. 
Seja o primeiro a comentar