Semana quente na política catarinense

Ia dar como manchete que seria uma semana decisiva, mas não necessariamente. Pois até o dia 5 de agosto, prazo final para as convenções partidárias que homologam as candidaturas, muita água vai rolar, mesmo para as siglas que fizerem as convenções no começo do prazo, marcado para 20 de julho.

Na largada, nesta quarta-feira, o Novo faz sua convenção de forma remota. Falta apenas definir o nome do candidato ao Senado e seus suplentes, que passam pela avaliação interna e devem ser apresentados nesta segunda ou terça. O nome ao governo é o promotor público licenciado Odair Tramontin e o seu vice Ricardo Althoff, empresário do Sul do Estado.

Sábado, 23, será  o dia cheio, de definições, retóricas e atas em aberto, mecanismo que permite aos partidos decidirem apenas no dia 5.

União Brasil e PSD realizam convenções conjuntas, sem muito espaço para surpresa, pois os três nomes da majoritária, estão, em tese, definidos: Gean Loureiro (União), ao Governo, Eron Chiordani (PSD) a vice e Raimundo Colombo (PSD) ao Senado. Tem gente que ainda especula que uma outra sigla grande – MDB, PP ou até PSDB – poderia se juntar de última hora, o que necessitaria de um ajuste nos nomes já postos, que parece pouco provável.

O PP tem uma candidatura colocada, com o senador Esperidião Amin, figura conhecida, político experiente que sabe que apesar de ter um nome estadualizado, é o campeão em rejeição. Para ter um projeto viável, precisaria de parceiros competitivos, e por enquanto tem apenas uma sinalização do PTB, do candidato ao Senado Kennedy Nunes. O partido pode ainda abrir mão da cabeça de chapa para compor com o PL de Jorginho Mello e nunca podemos esquecer que tem prefeitos e deputados que defendem estar no guarda-chuva de reeleição de Carlos Moisés (Republicanos).

O PSDB realiza sua convenção para definir entre ir com o PP,  ocupando espaço na majoritária, ou estar no projeto de reeleição do governador, em tese sem vaga na majoritária – se o MDB estiver junto, deve ocupar as duas outras vagas -, mas com espaços importantes num eventual segundo mandato.

O MDB vai para o tudo ou nada, na disputa interna para definir por uma candidatura própria, com Antídio Lunelli, ou ser vice de Carlos Moisés (Republicanos), com Udo Döhler. A decisão será no voto de cerca de 500 convencionais, mas sabe como é o MDB, definição, definição mesmo, eu não apostaria as minhas fichas que saiam neste dia.

Ainda no dia 23, a noite, o Republicanos faz a sua convenção conjunta com o Podemos na expectativa que as arestas tenham sido aparadas entre os possíveis parceiros que realizam seus encontros antes, pela ordem de preferência do pessoal da Casa D´Agronômica: MDB, PSDB e PP.

Neste desenho, entre as candidaturas mais competitivas, o PT de Décio Lima definido como o candidato ao Governo, realiza sua convenção na outra segunda-feira, dia 25, com a dúvida de que quem serão seus companheiros de majoritária e se contará, ou não, com o PSB no seu arco de aliança.

No dia 5, dia D do prazo eleitoral, o PL de Jorginho Mello fará sua convenção e verá o que sobrou. Sonha em contar com o PP de Amin, o que não dividiria o eleitorado mais bolsonarista e daria uma musculatura que não terá se concorrer de forma isolada.

 

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