Saúde na Mesa: o perigo da suplementação na adolescência

Foto: reprodução

Hoje em dia a busca pelo “corpo ideal” juntamente com a urgência que adolescentes têm de passar de um corpo infantil para o corpo adulto, leva muitos a fazerem exercícios físicos e tomarem suplementos em excesso, o que pode causar consequências indesejadas.

Os suplementos alimentares são definidos como substâncias utilizadas por via oral com o objetivo de complementar uma determinada deficiência dietética. Muitas vezes eles são comercializados como substâncias ergogênicas capazes de melhorar ou aumentar a performance física. Proteínas e aminoácidos, creatina, carnitina, vitaminas, microelementos, cafeína, betahidroximetilbutirato e bicarbonato são os suplementos alimentares mais utilizados.

Para o crescimento e desenvolvimento as proteínas são fundamentais, auxiliando na construção e recuperação do tecido corporal. O alerta fica em seu consumo excessivo em forma de suplementação sem as indicações necessárias e sem recomendações de profissionais da saúde e acompanhamento médico.

Cada indivíduo tem uma necessidade específica e o consumo de proteínas deve ser ajustado de forma individual, até mesmo em adolescentes que praticam atividade física de forma mais intensa.

Em excesso, esse nutriente pode sobrecarregar os rins, prejudicando a sua função. Caso isso não seja corrigido, pode ocorrer a alteração da função renal e aumento da pressão arterial, além de relatos de aparecimento de acnes e irritabilidade.

O recomendado é que a ingestão seja feita a partir da alimentação, e que, a suplementação deve acontecer somente quando mesmo com uma dieta específica para as atividades exercidas ainda for indicado o uso de suplementos por um profissional.

Se houver necessidade de suplementação, a faixa etária, desenvolvimento e atividades físicas praticadas são fatores levados em consideração ao definir a dose correta para o organismo do adolescente.

O alerta cabe também a produtos encontrados com facilidade em supermercados e farmácias, como iogurtes, barrinhas e smoothies proteicos. O fácil acesso aumenta o risco do consumo irregular, representando também riscos à saúde.

No momento, existem poucas evidências do benefício da suplementação proteica em adolescentes, inclusive os envolvidos em atividades atléticas, desde que tenham uma dieta normal. Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, o consumo adicional de suplementos proteicos acima das necessidades diárias de um atleta, as quais podem ser contempladas por uma alimentação saudável, não determina ganho de massa muscular adicional, nem aumento do desempenho.

A conscientização é o melhor caminho para que os jovens não prejudiquem a própria saúde em busca de um “corpo ideal” e de resultados imediatos.

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