Saiba quem são os prováveis eleitos para a Câmara de Blumenau

Foto: CMB

Você esperava ler aqui os nomes? Não dá, né, até porque eu não tenho bola de cristal!

Mas o que me motivou a escrever este post foi um “bolão” informal entre um grupo de pessoas para ver quem seriam os eleitos. Um amigo me mandou uma mensagem para eu refletir sobre a lista dele. Esta lista era inviável, pois tinha cinco candidatos de um partido, três de outro e por aí vai.

Porém, não é assim que funciona. O objetivo deste post é tentar demonstrar de forma prática como é a eleição proporcional e o que garante uma vaga na Câmara Municipal.

Para que um candidato garanta vaga é preciso que ele seja o mais votado em seu partido e este tem que ter atingido o quociente eleitoral, que é calculado a partir da divisão do numero total de votos válidos para vereador dividido pelo número de vagas, no caso de Blumenau, 15.

Em 2016, de um total de 230.167 eleitores, 209.344 compareceram para votar. Destes, 31.773 anularam ou votaram em branco para vereador, ficando 177.611 de votos válidos, 53 mil pessoas de redução no eleitorado.

Com a pandemia e um sentimento refratário a política, existe a expectativa de uma abstenção histórica, que pode fazer cair bastante o quociente eleitoral. Se há quatro anos cerca de 10% da população deixou de votar, quanto será agora nestes tempos estranhos?

É certo que o eleitorado cresceu, são pouco mais de 247 mil pessoas, mas é possível que os votos válidos fiquem abaixo de 2016. Ou pelo menos a mesma coisa.

Na eleição passada este quociente ficou na casa dos 11.800 votos e para 2020 tem gente que fala em 9 mil votos para uma legenda garantir um vereador pela sobra, mas para garantir sem sofrimento o numero deve girar em torno dos 10, 5 mil, 11 mil.

A vaga de sobra é uma regra difícil de explicar. Preenchem-se as vagas entre os partidos que atingirem o quociente – a cada vez que dobrar, garante nova vaga – e quando esta matemática encerrar a vaga passa a ser preenchida pelas legendas com o maior números de votos, que pode ser inclusive uma que já tenha garantido cadeira.  Uma novidade na legislação deste ano é que antes somente partidos que atingiram o quociente participavam das sobras.

Em 2016, apenas seis partidos atingiram o quociente de forma isolada na eleição para vereador em Blumenau, numa disputa que permitia as coligações partidárias. O PSDB fez mais de 33 mil e com o DEM elegeu cinco. Hoje é cada um por si.

Aí entro na pegadinha do malandro da manchete deste post. Pensar como será o desempenho de cada partido. E aqui se leva em conta o momento eleitoral, a estrutura, a quantidade de candidatos e principalmente aqueles com densidade eleitoral.

Imagino que oito legendas devem garantir pelo menos 11 mil votos: DEM, PSD, PP, PSDB,  SD,  PT, PL  e Podemos. Incluo o SD pois tem dois vereadores candidatos à reeleição.

Aí já estamos falando em oito eleitos para um total de 15 vagas.

O PSL, Patriota, Novo, Republicanos, MDB e o Cidadania são incógnitas, mas devem ter um desempenho competitivo, brigando para atingir o quociente ou disputar a vaga da sobra.

Os demais, com respeito que me merecem, não conseguirão chegar a um número que garanta ter esperança.

É provável que uma – ou mais – destas siglas consiga fazer mais de vinte mil votos  e um segundo, terceiro eleito pelo quociente, em especial o Podemos.

Bom, e quem serão os eleitos então? Vence quem tiver o melhor desempenho dentro o seu partido, façam suas apostas!

Aqui buscamos clarear como é a distribuição de vagas e traçar um paralelo ao contexto eleitoral do momento.

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