Ao contrário de 2014, quando elegeu dois ex-prefeitos para a Câmara dos Deputados, Blumenau ficou para atrás na representatividade em Brasília, sem eleger representante identificado com a cidade. Em 2018, os então deputados federais Décio Lima (PT) e João Paulo Kleinübing (UB) disputaram a eleição em chapas majoritárias e o vazio não foi preenchido.
Em 2018, a deputada estadual Ana Paula Lima, com mais de 70 mil votos, ficou de fora da Câmara Federal por apenas um voto na legenda petista, que não obteve a segunda vaga. E quem ficou perto foi o policial civil Rui Godinho, que concorreu na esteira da onda 17 e fez surpreendentes 56.785 votos, ficando na suplência do seu partido de então, o PSL.
Para 2022, alguns nomes estão colocados, ou melhor, pré-colocados, pois a definição só acontecerá no final de julho, começo de agosto, nas convenções partidárias. Vou tratar daqueles que percebo mais densidade eleitoral.
Ana Paula Lima é a candidata mais forte de Blumenau neste momento. Se há quatro anos, sem Lula na disputa, ficou de fora por muito pouco, tem tudo para garantir o mandato na eleição deste ano, ainda mais se o marido, Décio Lima, tiver um bom desempenho como candidato ao Governo.
Gilson Marques, do Novo, é candidato à reeleição. Fez pouco mais de 27 mil votos na eleição passada, mas não tem aderência com Blumenau. Pode emplacar um novo mandato, mas não é visto como um “político de Blumenau”.
O deputado estadual mais votado da eleição em 2018, Ricardo Alba, deixou o PSL rumo ao União Brasil e seu desempenho é uma incógnita. Não tem o apoio do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) e da maioria dos vereadores, e ao contrário de 2018 com a onda 17, terá que trabalhar solo para conseguir a vaga.
Encerrando a lista com os candidatos com chance, na visão deste jornalista, o deputado estadual Ismael dos Santos (PSD), que está no seu terceiro mandato. Ligado a Igreja Assembleia de Deus, faz voto em todo o Estado, mas tem dificuldade em fazer grande votação em Blumenau. Para dificultar sua tarefa, tem adversários fortes no seu próprio partido, como os atuais federais Ricardo Guidi e Darci de Mattos, os recém filiados Hélio Costa (mais votado na eleição de 2018 em SC) e Paulinho Bornhausen, além de sua colega de Assembleia Legislativa, Marlene Fengler.
Quem entende o riscado, analisa que o campo para candidatos de Blumenau está aberto e que nem um destes nomes é totalmente identificado com a cidade. Por isso, a movimentação de última hora do prefeito Mário Hildebrandt para trazer o presidente da Câmara Egídio Beckhauser para o Podemos, na tentativa de transformá-lo em candidato “oficial” do prefeito, em dobradinha com André Espezim, secretário de Comunicação, pré-candidato a estadual. Egídio permaneceu no Republicanos, mas estuda trocar sua candidatura de estadual para federal.
Nomes fortes da cidade, como Joao Paulo Kleinübing e Napoleão Bernardes (PSD) são estimulados a tentar vaga à Câmara, mas mantém-se firmes no propósito de uma vaga para estadual.
Existem outros pré-candidatos colocados a federal de Blumenau, como o ex-vereador Sylvio Zimmermann (PSDB), mas entendo que as chances são diminutas, dele e de outros possíveis nomes até agora.
E aí, os nomes postos, serão abraçados por Blumenau?







Deve ser considerado nesta disputa o ex-vereador de Blumenau pelo PSB Arnaldo Zimmermann. Muita chance de se eleger.
O deputado Alba tem trazidos muitos recursos pra Blumenau e região.
Precisamos de nomes fortes , que tenham voz , que queiram ser eleitos para trabalhar , que tenham representatividade …..ligados a Igrejas não .
O deputado Alba tem tem feito um trabalho a nível estadual, por isso acredito que tenha grande chance de se eleger deputado federal.