A informação veio do colega Marcelo Lula, do SC em Pauta, e mostra um dos grandes problemas para combater crimes contra as administrações públicas. Os últimos presos da 6ª fase da Operação Mensageiro, realizada em 19 de julho, foram soltos por decisão do Superior Tribunal de Justiça.
São Schirle Scottini e Arnaldo Muller Junior, tia e sobrinho, proprietários da empresa Saays Soluções Ambientais, com sede em Gaspar, investigados pela prestação de serviços de coleta de lixo em prefeituras, uma delas Rio do Sul. Antes, a empresária Adriana Scottini, irmã de Schirle e mãe de Arnaldo, já teve sua prisão preventiva para prisão domiciliar.
Como o Informe trouxe recentemente, não é a primeira prisão da família por conta de situações envolvendo o poder público. Em 2019, foram condenadas a penas superiores a 10 anos por conta de crimes cometidos contra a administração pública em Ituporanga, situação que culminou com o então prefeito Osni Francisco de Fragas, conhecido como Lourinho, que foi condenado na mesma ação. Na época, a empresa chamava-se SAY Muller.
Este é um exemplo de como é preciso repensar as leis. Como podem pessoas condenadas por crimes contra a administração pública seguir prestando serviços? Qual a medida efetiva que o Poder Público toma para evitar que estes empresários se escondam por meio de laranjas, mudem a razão social e sigam normalmente? Até que ponto nossos gestores querem tomar medidas mais duras contra esta gente que lesa o dinheiro público?
Ou seria o fato que as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público não tem a consistência necessária para punir de fato quem deva ser punido?
Não sabemos as respostas. Mas o fato é que a soltura de envolvidos em crimes deste tipo passam um recado ruim para a sociedade.





“Este é um exemplo de como é preciso repensar as leis. Como podem pessoas condenadas por crimes contra a administração pública seguir prestando serviços?”
Alexandre, concordo, as leis protegem os bandidos. Este é um exemplo , mas temos coisa pior , um condenado em três instâncias , com provas robustas, inúmeras delações , devolução de bilhões pelas empresas que participavam da corrupção junto ao condenado e seu partido , virou presidente e outros envolvidos do mesmo partido viraram deputados e senadores .