Presidente do Sindetranscol assume como vereador de Blumenau

Foto: CMB

O suplente de vereador Pradelino Moreira da Silva (PT), de 51 anos, tomou posse na Câmara de Vereadores de Blumenau na sessão desta terça-feira, 9. Ele assumiu uma cadeira no lugar do vereador Adriano Pereira (PT), que se licenciou por 30 dias para tratar de assuntos de interesse particular.

Pradelino é natural do município de Salto Veloso (SC) e obteve 977 votos na última eleição. Ele fez o juramento e assinou o termo de posse no início da sessão. Em outro momento, ocupou a tribuna e fez seu pronunciamento. Disse que é presidente da Associação de Moradores do Vale do Ribeirão Fresco, presidente do Sindicato do Transporte Coletivo e motorista de ônibus há 20 anos. Agradeceu a oportunidade dada pelo vereador Adriano Pereira e disse que se candidatou ao cargo de vereador em nome das pessoas que constroem Blumenau e não são ouvidas.

Agradeceu o apoio e carinho que recebeu de seus familiares, amigos, companheiros de trabalho, além dos votos recebidos. Disse que uma de suas bandeiras na Câmara será combater a desigualdade econômica, base de todas as outras desigualdades. Assinalou que vive essa desigualdade e sofre preconceito todos os dias por sua cor e por ser pobre. Afirmou que irá instalar seu gabinete nas comunidades para desenvolver ações para diminuir essas desigualdades.

Criticou a maneira como o transporte coletivo da cidade está sendo tratado. Disse que a Câmara está sendo omissa na fiscalização do transporte público, com trabalhadores e os usuários do transporte.

Defendeu a criação de um fundo municipal para financiamento do transporte público, que seja construído por todos, os que utilizam e os que não utilizam o transporte.

Disse que um dos problemas fundamentais do atual modelo de transporte é a presença da iniciativa privada, e toda melhoria para os usuários ou trabalhadores do transporte vai depender do lucro da empresa, o que, segundo ele, não acontece em nenhum país desenvolvido do mundo. Apontou que o outro problema do transporte é “quem paga a conta”. Disse que a tarifa é paga somente por quem usa, e isso também não é comum em outros países.

Também defendeu o imediato subsídio ao transporte público como solução emergencial para a cidade. Frisou que não é subsídio à empresa concessionária, mas sim ao custo real da tarifa. Afirmou que assim que for criado o fundo municipal para o financiamento do transporte, o subsídio vai para o fundo. E com o fortalecimento do fundo, terminaria o subsídio. Também afirmou que cidades como Chapecó e Brusque já possuem esse fundo.

Ao final, disse que assumiu três grandes compromissos em sua campanha: fiscalizar o poder público e os serviços de sua obrigação, organizar o povo para combater a desigualdade que vive e debater a mobilidade urbana e o transporte coletivo.

Fonte: CMB

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