
Nos últimos 15 anos, o nome de Giselle Margot Chirolli foi associado ao paradesporto e a inclusão de pessoas com deficiência em Blumenau. Sua luta fez da cidade a primeira de Santa Catarina – e uma das poucas do Brasil – a ter uma secretaria municipal, criada na administração de Mário Hildebrandt (PL). Suplente de vereadora na legislatura passada, concorreu novamente na última eleição pelo MDB, mas o partido não conseguiu eleger ninguém.
Passada a eleição, pelo seu envolvimento na campanha eleitoral, entrou na geladeira no processo de escolha do comando da SEDEIP, a secretaria da Inclusão da Pessoa com Deficiência e Paradesporto, na gestão Egidio Ferrari (PL), mesmo com seu currículo.
Mas sua luta pela causa não parou, pelo contrário. Tem percorrido vários municípios para incentivar os gestores a buscarem implantar políticas públicas municipais para as pessoas com deficiência.
E nesta terça-feira, uma conquista que tem a ver com sua luta. A criação da diretoria estadual do Paradesporto, ligada à Fesporte, foi anunciada pelo governador Jorginho Mello (PL) em meio ao anúncio de outros investimentos no esporte.
“Foi uma luta de anos, de vários professores, articulando com a classe política, trabalho desenvolvido em vários municípios e a partir desta diretoria começamos de fato a implantar uma política estadual”, comemorou Giselle, lembrando que a conversa começou quando o governador ainda era senador.
Depois do evento, Jorginho disse que fez o convite para Giselle assumir a diretoria, lembrando que ela, sempre que encontrou ele, defendeu a criação de uma estrutura para o setor, o que começa a se materializar nesta terça.
Giselle recusou, pois está priorizando seu instituto, o VIVA Paradesporto, para ajudar, através de sua experiência, gestores a implementar estas políticas e fazer a interface com todos os lados da cadeia, lembrando que ela tem as portas abertas também em Brasília, onde ocupou durante cerca de um ano a secretaria nacional do Paradesporto.
Seja o primeiro a comentar