Opinião | Propagandas eleitorais – soma de força ou voto?

Foto: reprodução

Você eleitor já deve ter percebido que a campanha nas redes sociais dos candidatos está cada vez mais forte e presente. É uma ferramenta barata e de rápido alcance como precisa ser qualquer eleição de 45 dias. Com isso e com as novas regras eleitorais, vem caindo por terra muitas formas de se fazer propaganda eleitoral, uma delas é o próprio comício. Aquela concentração de candidatos e pessoas em um lugar regado por bebida e comida já não faz mais parte das agendas. Não muito distante, em 2012, lembro perfeitamente de comícios decorados, com a fala de vários candidatos, com grito dos cabos eleitorais, partidários e a participação (nem sempre massiva) da comunidade.

Quando falo em comício não digo sobre as grandes reuniões que os candidatos ao cargo de presidente ou governador participam. Falo daqueles encontros simplão que muitos de nós já fomos, presenciamos ou escutamos alguém que foi, falar. O que ainda está presente e visível para a população são os adesivos nos carros e bandeiraços. Cada dez carros que você vê na rua, pelo menos seis estão com alguma foto de candidato. As sinaleiras e calçadas nas ruas – boa parte nos horários de picos – tomadas por pessoas balançando as bandeiras.

Comício, bandeiraço, panfletagem, internet… é certo que tudo isso faz parte da propaganda. Cada um com um estilo diferente de mostrar o candidato. Uns gastando e investindo mais, outros menos, mas será que alguém vota porque viu uma bandeira ou um comício cheio? Será que adesivos nos carros trazem algum resultado na urna? Ou essa é apenas uma forma de medir a força de quem tem mais time e chance de entrar? Pois é, eu fico com a segunda opção.

Em tempo, na história…

A Ágora era uma praça de Atenas utilizada pelos gregos para reuniões. Já os Romanos, se reuniam para resolver questões jurídicas, legislativas e religiosas por meio de discussões e votações nos chamados Comitium, termo em latim que se origina a palavra comício. Eles também foram importante no Brasil. Os políticos passam a utilizar de pequenos povoados para medir sua importância e apoio no local. Essas reuniões passam a colocar o povo no centro, dando refrigerante e cerveja grátis, além da comida.

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