
Existe uma confusão deliberada sendo alimentada no Brasil: a ideia de que Lula representa toda a esquerda, assim como Bolsonaro encarna toda a direita. Esse reducionismo político tem sido a base para um embate raso, onde a população é usada como massa de manobra em vez de ser tratada como sujeito da história. De um lado, a arrogância de uma esquerda branca e acadêmica que, do alto dos seus privilégios, insiste em falar sobre o povo sem nunca falar com ele. Do outro, uma direita truculenta e mofada, que se esconde sob o discurso de “valores cristãos” e “patriotismo”, mas que clama por intervenção estrangeira toda vez que seus ídolos corruptos vão parar na berlinda judicial.
O problema de parte da esquerda é que ela virou uma espécie de clube branco e letrado, confortável em seus espaços universitários e institucionais. Há um distanciamento brutal entre os discursos progressistas e a vida real das periferias, onde se vive com medo da polícia, da fome e do preconceito. Como lembra a filósofa Djamila Ribeiro, “reconhecer o lugar de privilégio é o primeiro passo para combatê-lo” — mas muitos brancos de esquerda querem manter o protagonismo mesmo quando dizem lutar pela igualdade (Djamila Ribeiro, Pequeno Manual Antirracista). A branquitude que permeia esses espaços progressistas não se dissolve com frases antirracistas de efeito; ela precisa ceder espaço e escutar quem tem lugar de fala — e isso, infelizmente, ainda é exceção.
Enquanto isso, a direita brasileira vive presa a uma retórica ultrapassada, onde “família”, “Deus” e “pátria” são usados como escudo para justificar intolerância, machismo, homofobia e racismo. Essa direita, que idolatra os Estados Unidos e Israel, pede intervenção estrangeira sem qualquer pudor, mesmo quando isso significa rasgar a Constituição. O apoio incondicional ao governo de Israel, mesmo diante de denúncias de crimes de guerra em Gaza (Human Rights Watch, 2023), é exemplo de um “nacionalismo seletivo”, que só serve para proteger seus réus favoritos — não o país e muito menos o povo brasileiro.
É nesse cenário que o povo, cansado de discursos ideológicos vazios, começa a exigir mais: comida no prato, dignidade no SUS, segurança sem violência. O Brasil real não tem tempo para o lacre acadêmico nem para o grito histérico das redes bolsonaristas. Essa esquerda precisa entender que governa para além do PT que se coloca ainda como única alternativa, mas, que sem o Presidente, não vence as eleições. E a direita precisa superar o bolsonarismo para merecer crédito como alternativa política.
Porque se essa disputa continuar sendo entre egos e delírios ideológicos de brancos privilegiados e extremistas reacionários, quem continuará pagando a conta será o povo. E o povo — mesmo tratado como massa de manobra — não é burro. Nem otário.
Marco Antônio André, advogado e ativista de Direitos Humanos
Só existem dois lados HONESTO e DESONESTO Ponto! O resto é quadrilha. O eleitor tem que se conscientizar caso contrário as quadrilhas continuarão a tomar o poder. Esta aparente simplificação traduz o anseio da população que já está farta de estudos políticos e acadêmicos que só “enchem linguiça” nos moldes do juridiquês. Evoluímos, ou não, para um excesso de visões, divisões, subdivisões, etc. que nos trouxeram a um contexto complexo e ineficiente para o trato da vida real. Chega deste circo de estrelismo e de falsas lideranças.
Não existe esquerda no país , existe falsos comunistas , que criticam o capitalismo , mas adoram viver do capitalismo .
Não existe direita no Brasil, existe falsos políticos , que se dizem de direita para se aproveitar da popularidade de algum candidato que o povo apoia .
Lula é condenado em 3 instâncias por corrupção ativa e passiva.
Bolsonaro inelegível por um golpe que nunca existiu .
Não é questão de ser de direita , a questão é dignidade.
Político no Brasil é igual jangada, depende para que lado o vento sobra , minha rota esta traçada .
Fácil colocar todas essas críticas. Isso tudo é velho e corriqueiro.
Necessitamos de soluções e não de “lero-lero”.
E tem um que comenta sempre aqui que é o verdadeiro ‘sujo falando do mal lavado’e acha que entende alguma coisa de política..kkkk,coitado.