
São muitas as minhas memórias afetivas por conta do futebol. Elas me lembram a minha trajetória, de um cara que já vive por aqui há 58 anos.
Carioca, despertei para o futebol já morando em Porto Alegre por conta do Zico e do Roberto Dinamite. Ninguém jogava mais que eles, que podiam, mas não estiveram na Copa de 1974, a primeira que lembro, de acompanhar, com álbum inclusive.
Tinha Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, que estavam no mesmo grupo inicial. Iugoslávia foi adversário do Brasil na primeira fase. Países que não existem mais nesta organização da política internacional.
Zico era um monstro, Roberto quase. Com o tempo de carreira, a efetividade, se transformou no maior de todos do Vasco e um ícone do futebol brasileiro.
Confesso que assisti a Copa de 2022 tentando identificar um ídolo, ou uma referência, e não consegui. Aliás, faz tempo.
Futebol é feito de ídolos e de símbolos.
Nesta semana que passou, o Grêmio, meu time de coração, colocou 30 mil pessoas na Arena para saudar um novo jogador. Luiz Suárez, uruguaio com uma trajetória internacional de Barcelona, Livepool e Atlético de Madri, e claro, seleção uruguaia.
Tem amigos, gremistas mais céticos, que ficam com pé atrás.
Pode não dar certo, mas a magia do futebol tem relação com símbolos. Roberto Dinamite foi um deles, e Suárez ainda tem o que agregar para o futebol brasileiro;
Dinamite, Pelé. Apelidos que transcendem décadas e permeiam uma geração de amantes do futebol, num viés mais antigo, dos últimos 50 anos. Que moldaram tudo o que foi feito até agora.
Os corpos descansaram, a memória permanece.







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