Opinião: “com o nazismo vivo estaríamos mortos!”

“O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”. É uma pena, livros de história não transmitem a dor das páginas que marcaram com sangue e sofrimento o desenvolvimento do homem. As lágrimas ficam para os que viveram e/ou têm a mínima sensibilidade para entender o que foi imposto aos milhões de humanos por pessoas desalmadas. Que estes tantos alunos, que retornaram para escola nesta semana, estejam de espírito leve para aprender que toda e qualquer apologia, tentativa de impor o pensamento único, uma só raça, é crime.

Infelizmente, em troca de click, popularidade, dinheiro, alguns daqueles que estudaram para comunicar optam por um horror de caminho. Não dá para relativizar, aceitar ou buscar incluir o nazismo como forma de ideologia, de política, de governo.

Se o nazismo ganhasse espaço nos dias de hoje, dominando os rumos do pátria, do planeta, certamente eu e todos os diferentes estariamos mortos. Melhor, os brasileiros seriam eliminados. Afinal, a origem do nosso povo é de formação de descendentes de indígenas, portugueses e africanos. Uma parcela ínfima poderia chegar perto da raça pura ariana.

Enterramos um tanto da sabedoria, da simpatia que tradicionalmente acolhe todos: credos, nações, opções… ficamos minúsculos ao permitir que um regime de governo podre, bárbaro, esteja na vitrine, em destaque, nas discussões de um confuso Brasil. É preciso repetir: a história prova que totalitarismo mata! Ignorar, diminuir as mortes, as péssimas experiências do passado é semear o ódio e enterrar o progresso.

Como disse certa vez o escritor e filósofo Umberto Eco, também autor da frase que abre esta reflexão, “as redes sociais deram o direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho, e não causavam nenhum mal para a coletividade. Nós os fazíamos calar imediatamente, enquanto hoje eles têm o mesmo direito de palavra do que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis”

Que os estudantes que retornaram para sala de aula, depois de bagunçados dois anos de pandemia, possam encontrar nos livros, na história, as lições certas para escreverem um legado belo e distante das ditaturas e regimes opressores. Deixo a lição: corte parte do barulho das redes, da internet. Informação demais faz mal. “Conhecer é cortar, é selecionar. O excesso de informação provoca a amnésia. Quando não lembramos o que aprendemos, ficamos parecidos com animais”

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