O “troco” do governador Jorginho nos prefeitos nas eleições 2024

Foto: arquivo

Como muitos lembram, praticamente todos os prefeitos do Médio Vale do Itajaí apoiaram o então candidato à reeleição Carlos Moisés (Republicanos) na eleição para o Governo em 2022. No segundo turno, na disputa entre o PL de Jorginho Mello e Bolsonaro contra o PT de Décio Lima e Lula, aí a votação foi em massa no 22.

Ao longo do primeiro semestre de mandato, o governador cozinhou os prefeitos, ávidos em ver as promessas sinalizadas pelo governador candidato – lembram do PIX? – virarem realidade. Depois, Jorginho acenou com algumas destas promessas, outras não, sem antes dar um chá de cadeira nos prefeitos e imprimir o seu DNA nestas realizações.

Agora, neste período de definições partidárias da pré-campanha, Jorginho Mello é o principal avalista das negociações do PL nos municípios, filiando prefeitos de outras legendas, como André Moser, de Indaial, e Mário Hildebrandt, de Blumenau.

Mas não abraçou os projetos políticos deles.

No dia que Hildebrandt se filiou, há um mês, o governador deu um jeito de surpreender todos colocando na foto oficial o deputado Egidio Ferrari – que estava no PRD, mas prestes a se filiar no MDB -, indicando que ele também ia para o PL, ser o candidato do partido em Blumenau. Frustrou os planos de Hildebrandt de liderar o processo do 22 na cidade e agora fica a dúvida se ele conseguirá indicar o vice na chapa. A tucana Maria Regina está fora e outros nomes próximos ao prefeito são ventilados, mas tenho dúvidas se conseguirão vingar.

Para piorar, o União Brasil entra na aliança e apresenta o vereador Gilson, principal algoz da administração municipal no Legislativo, como nome a vice.

Situação parecida vive o prefeito de Indaial, André Moser, que trocou o PSDB pelo PL em outubro do ano passado. Sem poder ir à reeleição, aceitou, mesmo com reticências, apoiar o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Timbó, Laércio Schuster (PL), à sua sucessão. Mas, nesta quarta-feira, foi pego de surpresa. Com o aval de Jorginho, Laércio levou a servidora Elaine Pickler para filiar-se no PL e apresenta ela como pré-candidata a vice.

Só que Elaine vem a ser ex-esposa de Moser, mãe de seu único filho, e ele não foi consultado da articulação, disse que soube pela mídia. André Moser tentava emplacar o presidente da Câmara, Jonas Lima (PSD), como o candidato a vice de Laércio e o governador não levou isso em conta.

Estes dois casos são os mais emblemáticos, com os dois prefeitos ficando “embretados” dentro do próprio PL de Jorginho Mello, que tenta articular chapas fortes do 22 para encarar os projetos dos prefeitos das demais cidades que não pertencem a sigla. Como em Gaspar, que deve ter o delegado Paulo Koerich concorrendo a prefeito, disputando com o grupo do atual prefeito Kleber Wan-Dall.

 

 

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