Confesso que fico pensando como algumas pessoas deixam suas vidas privadas para a pública, através da política, em especial quando o horizonte de sucesso é inexistente. Refiro-me ao empresário Jorge Boeira, que foi deputado federal pelo PT e pelo PP e agora é candidato ao Governo de Santa Catarina pelo PDT.
A volta de Boeira para o tabuleiro eleitoral foi costurada também pelo seu ex-colega de Câmara dos Deputados e partido, Décio Lima (PT), que visualizava nele um potencial candidato a estar junto no projeto que estava sendo construído para dar palanque ao presidente Lula no estado.
Mas o espaço que sobrou para o PDT na Frente Democrática construída em SC não foi o esperado para dar um mínimo de visibilidade ao palanque nacional dos trabalhistas para Ciro Gomes. E a opção foi bater pé numa chapa pura, praticamente camicase, com Boeira a Frente.
Neste contexto, Jorge Boeira pegou a estrada e começou a fazer contatos, até para avisar todo mundo que lidera uma chapa ao Governo. Esteve com dirigentes do Hospital de São José, em Criciúma, e com o presidente da FIESC, Mário César Aguiar.
Terá muita dificuldade – ele e o PDT – num contexto de pelo menos seis candidaturas competitivas. Tem tudo para fazer uma votação pífia. E aí, volta minha reflexão do início deste post. O que faz uma pessoa como Boeira entrar nesta empreitada?
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