O carimbo dos respiradores que pode atrapalhar o projeto de reeleição de Moisés

Foto: reprodução

Eu  não sou daqueles que acho que Carlos Moisés (Republicanos) tentou tirar vantagem pessoal financeira para ele ou para outros na mal fadada compra dos respiradores, naquele momento inicia da Covid onde as dúvidas eram maiores que as certezas.

Mas, me parece claro que tinha um pessoal que tentou se beneficiar financeiramente do momento e que, representantes do seu Governo erraram gravemente na gestão desta compra. E, provavelmente, um ou outro facilitou o acesso dos empresários.

Moisés sobreviveu ao impeachment pelos políticos, não pelos desembargadores. Os cinco foram unânimes em votar pelo acatamento da denúncia, junto com o deputado Laércio Schuster, então no PSB. Faltou um voto para o afastamento definitivo.

Em outubro, Moisés será julgado pelo eleitor. Embalado pelo Plano 1000 e o apoio massivo de prefeitos e boa parte dos deputados, concorrerá com esta mácula, quase um carimbo na testa, por mais que tenha sido inocentado pelos órgãos competentes, como TCE, MP, Polícia Civil e por mais que diga que parte do dinheiro foi recuperado e outra parte está bloqueado junto aos empresários suspeitos.

Na politica, é usado um ditado que é mais ou menos assim. Não basta ser honesto, precisa parecer honesto.

Nesta semana, às vésperas do processo eleitoral, o Governo Moisés sofre novo revés. Graças aos deputados oposicionistas, Bruno Souza (Novo) e Sargento Lima (PL), o procedimento interno feito para apurar responsabilidades dos servidores na compra dos 200 respiradores, ao custo de R$ 33 milhões, veio a público. Quatro dos cinco servidores denunciados foram absolvidos. Apenas a superintendente administrativa da Secretaria de Saúde, Marcia Pauli, ganhou 15 dias de suspensão, ela que disse várias vezes obedecer ordens superiores.

Sobre o procedimento interno, confira a manifestação oficial do Governo.

O governo do Estado entende que as conclusões do Processo Administrativo e Disciplinar instaurado pela Secretaria da Saúde vão ao encontro da denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado sobre o caso, indicando que os catarinenses foram vítimas de um golpe aplicado por oportunistas de fora do governo, que se aproveitaram de um momento de fragilidade quando iniciava uma pandemia mundial com efeitos até então desconhecidos.

Os empresários foram denunciados pelo MPSC pelo crimes de organização criminosa, estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Nenhum servidor foi denunciado por integrar organização criminosa, o que demonstra que a quadrilha estava fora do governo, o que foi confirmado agora na investigação interna da Secretaria da Saúde

 

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*