Parece estar cada vez mais claro que Décio Lima, presidente nacional do Sebrae e principal liderança do PT catarinense, será candidato ao Senado e não mais uma vez ao Governo do Estado. A visita do presidente nacional da sigla, Edinho Silva, a Joinville, no final de semana, reforçou a tese. Edinho trouxe a informação de que o foco na próxima eleição é a disputa ao Senado.
A possibilidade mexe com os partidos do campo da esquerda e provoca intensas movimentações nos bastidores eleitorais, algumas funcionando como um “teste drive” antecipado para medir o humor das lideranças.
O caso mais claro é do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, mas sem expressão em Santa Catarina. O ex-senador Paulo Bauer, que se desfiliou do PSDB no ano passado, passou a ser cogitado como uma solução mais “palatável” ao eleitor conservador de Santa Catarina. Mas o nome dele não cai bem entre prováveis aliados, que lembram o voto favorável no impeachment de Dilma Rousseff (PT) e a nomeação dele no gabinete do então ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro (PL), Onix Lorenzoni.
A leitura é que são posturas que não agregam ao campo progressista., além de ser uma candidatura sem potencial eleitoral para agradar nem a direita e nem a esquerda.
Sendo assim, numa possibilidade de montagem deste campo, surge o PSOL, que tem o vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré, como pré-candidato ao Governo. O experiente político, que já foi vice-prefeito da capital e deputado estadual, defende que, para a eleição do ano que vem, a prioridade é a reeleição do presidente Lula (PT). E afirma que não brigará com o PT, caso o partido decida por uma candidatura ao Governo, mas entende que os partidos do campo devem se unir em defesa da democracia.
“A prioridade é a eleição de Lula, temos que organizar o time para a campanha”, afirmou Afrânio em conversa com o Informe. Nesta semana, ele se reuniu com o deputado federal Pedro Uczai (PT), para a discussão do cenário faltando menos de um ano da eleição.
Será que desta vez a esquerda sairá unida numa disputa eleitoral, sem sobressaltos internos?





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