Há cerca de 30 anos acompanho o processo eleitoral, por gostar de política e pela minha atividade de jornalista. Confesso que esta foi a campanha mais bélica, mais beligerante que acompanhei.
Em todos os sentidos, tanto que o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi ferido a faca por um maluco durante a campanha ainda no primeiro turno.
Agora, Bolsonaro, eleito Presidente da República, tem uma tarefa primordial, talvez difícil para ele, mas fundamental para quem assume o mais alto do comando do país. Desarmar os espíritos.
Durante a comemoração de sua vitória em Gaspar, um homem, rodeado por um grupo de amigos, fez alguns disparos com arma de fogo, com crianças e mulheres por perto. Estavam com copos de bebida na mão. O fato foi dado em primeira mão pelo jornal Cruzeiro do Vale e está sendo investigado. Teria acontecido na Avenida das Comunidades.
Conheço muita gente que está com medo. Gente de bem, gente da minha família, amigos, pessoas que declaram sua posição sexual, de cor, de ideologia, de política sem querer impor a ninguém, respeitando a pluralidade de olhares e opiniões. Na medida do possível, tento amenizar esse sentimento.
Mas caberá a Jair Bolsonaro fazer isso, deixar a retórica agressiva para trás. É isso que esperamos de um governante. Ele terá a tarefa de liderar uma Nação, conduzir o Brasil para trilhos mais tranquilos. Para todos.






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