O lançamento da pré-candidatura a deputado federal Ricardo Alba (União), que reuniu os integrantes da majoritária da chapa União-PSD em Blumenau neste domingo, uniu os dois últimos ex-prefeitos da cidade e o deputado estadual mais votado em 2018. O próprio Alba, Napoleão Bernardes (PSD) e João Paulo Kleinübing (União).
Até recentemente adversários políticos, gente que sempre andou com campos opostos, os três estarão no mesmo time em busca do mesmo resultado, a eleição. É assim a política, especialmente em ano eleitoral, que se movimenta como as nuvens, um minuto de um jeito, outro de outro, como já filosofou o ex-governador Minas Gerais Magalhães Pinto.
E por mais uma destas circunstâncias, Napoleão, pré-candidato a deputado estadual, é diretamente beneficiado pela desistência de João Paulo Kleinübing de tentar uma vaga à Assembleia Legislativa, assumindo o compromisso de coordenar a campanha de Gean Loureiro (União) ao Governo.
Os dois são ex-prefeitos, transitam no mesmo imaginário do eleitor. Representam uma mudança de nomes, mas com experiência administrativa. Como se tem uma ideia, ou melhor, uma vontade para que o blumenauense vote em candidatos da cidade, Napoleão se encaixa bem no perfil de quem tem os requisitos necessários para representar o município.
Resta combinar isso com o eleitor de Kleinübing. Vi uma postagem dele nas redes sociais, ao lado de Napoleão, Gean Loureiro e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, e li mais críticas do que elogios sobre a aproximação, lembrando as recentes disputas eleitorais.
Superado isso, outra oportunidade de Napoleão é uma eventual dobradinha com o pré-candidato Ricardo Alba, que já tinha amarrado a parceria com Kleinübing e perde uma referência importante na cidade. Alba pode dobrar com o vereador Marcos da Rosa, também do União, assim como Napoleão com Ismael dos Santos, também do PSD, pré-candidato a federal. São as dobradinhas naturais, mas como ambos estão no mesmo guarda chuva da aliança em torno da pré-candidatura de Gean Loureiro, é bem mais simples, tanto que Ismael e Marcos da Rosa, de partidos diferentes, tem participado de eventos conjuntos para segmentos religiosos.
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