
Dos 70.408 votos válidos na eleição tampão em Brusque, realizada neste domingo, 3, 51.371 foram para candidatos que, de uma forma ou outra, tentaram colar a imagem na do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Paulo Eccel, do PT, fez 15.679 votos, 27,91% do total, reproduzindo o que parece ser o teto do Partido dos Trabalhadores em Santa Catarina. 3.388 eleitores votaram em branco ou anularam o voto.
A disputa era emblemática, pois acontecia na cidade do empresário Luciano Hang, um dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro. Casualmente, a eleição fora de época aconteceu por conta da cassação do prefeito Ari Vechi (MDB) e do vice-prefeito Gilmar Doerner (DC), por abuso de poder econômico, justamente na relação com o dono da Havan, cuja sede administrativa é na cidade.
O eleito neste domingo, André Vechi, é do DC, mas teve o PL de vice. Conseguiu um vídeo de apoio do ex-presidente Bolsonaro, além do apoio das principais lideranças do PL em Santa Catarina, entre eles, o governador Jorginho Mello.
O resultado também dá um sinal de alerta para Paulo Eccel, que seria o candidato natural do PT em 2024. Perdeu para Ari Vequi em 2020 e agora para André Vechi e certamente pensará duas vezes em nova candidatura para o ano que vem.
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