Moisés retoma o distanciamento com Blumenau

Nesta reta final de 2022, a relação do governador Carlos Moisés (Republicanos) com Blumenau termina de forma melancólica e reproduz o que foi durante a grande parte do seu mandato. Só mudou por conta de um projeto eleitoral para a reeleição, que diga-se de passagem tinha um atrativo e tanto para as cidades e os prefeitos, o chamado Plano 1000;

Encantou os prefeitos, mas não seduziu os eleitores. E ficou de fora do segundo turno nas eleições em Santa Catarina.

Carlos Moisés apareceu muito em Blumenau ao longo de 2022, contrastando com os anos anteriores. Convenceu o prefeito Mário Hildebrandt e os demais do Vale Europeu do seu Plano 1000 e eles apostaram no projeto municipalista sem precedentes em Santa Catarina.

Mas o resultado das urnas reverberou a dificuldade de Carlos Moisés como governador. Uma mistura de inexperiência com arrogância, uma dificuldade de conversar com lideranças locais e regionais para tocar seu mandado. Só fez isso no ano de eleição e foi tarde demais.

A Lua de Mel com Blumenau durou apenas o período eleitoral e as primeiras obras que foram encaminhadas no ambicioso Plano 1000 começaram. Mas muitas outras foram prometidas e agora a conversa precisa ser feita com o governador eleito  Jorginho Mello.

E chama a atenção o distanciamento atual entre o governador que que sai e o prefeito Mário, seu maior cabo eleitoral no Vale do Itajaí e um dos principais no Estado. Moisés não colocou mais os pés na cidade. Nesta semana, esteve em Pomerode inaugurando obra e em Massaranduba assinando ordem de serviço. Blumenau nada.

Havia uma expectativa que o governador pudesse assinar, ainda este ano, os recursos para a municipalização do complexo do SESI, mas não vai acontecer.  O recurso está no orçamento para o ano que vem, mas quem terá a caneta é o novo governador;

Hildebrandt apoiou Jorginho Mello no segundo turno, natural na perspectiva do prefeito, por conta de sua afinidade com o projeto do presidente Bolsonaro.

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