Marcos Ghizoni é o novo delegado geral da Polícia Civil e associação de delegados critica suposta tentativa de interferência

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

O Governo do Estado comunicou no final da tarde desta segunda-feira que o delegado Marcos Flávio Ghizoni Júnior é o novo delegado geral da Polícia Civil catarinense, no lugar de Akira Sato, que ficou apenas duas semanas no cargo.

O novo delegado-geral leva para a função uma experiência de aproximadamente 15 anos de carreira, inclusive atuando como delegado-geral adjunto de 2015 a 2018 e delegado-geral em 2018. Desde então, atuou como controlador-geral da Assembleia Legislativa.

“Nosso planejamento tem como prioridade reforçar a Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) com mais delegados. Esta a nossa meta neste momento na Polícia Civil. A Deic é menina dos olhos e a ordem é fortalecer esse trabalho”, projeta Ghizoni.

A nota oficial do Governo diz que a saída de Akira seria por razões de foro íntimo relacionadas exclusivamente à questões de saúde, mas as versões são outras. A saída do delegado Akira tem agitado os bastidores da política catarinense e o motivo seria uma suposta tentativa de intromissão numa investigação da Polícia Civil envolvendo suspeita de irregularidades em contratos firmados pela SC PAR e secretaria de Administração no Porto de São Francisco do Sul.

O deputado Ivan Naatz (PL) já avisou sua intenção de convocar o delegado que saí para explicar os motivos na Assembleia Legislativa.

A Associação de Delegados emitiu uma nota onde repudia a suposta tentativa de interferência, confira.

“A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina – ADEPOL/SC, vem a público repudiar qualquer tentativa de interferência nas atividades da Polícia Civil, especialmente, nas investigações criminais conduzidas por Delegados de Polícia.

A Polícia Civil é órgão de Estado, que atua em obediência à Constituição Federal e às Leis, não podendo servir à vontade de governos ou de seus integrantes.

Os Delegados de Polícia, na qualidade de presidentes das investigações criminais, não podem sofrer pressões para atuarem ou deixarem de atuar, no exercício de suas atribuições, em cada investigação iniciada em nosso Estado, com o objetivo de trazer regularidade e paz social aos cidadãos catarinenses.

A tentativa de retirar Delegado de Polícia, ou mesmo a nomeação de Autoridades Policiais para a interferência em investigações criminais, são atos de extrema gravidade, que obstruem a justiça, o combate à corrupção e maculam o regular andamento de um Estado democrático de direito.

A ADEPOL-SC reafirma seu compromisso com cada Delegado de Polícia do Estado no cumprimento de sua missão e valores éticos.”

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