Maia defende que governo deve evitar atritos desnecessários na discussão da reforma administrativa

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, voltou a defender a reforma administrativa e disse que falas como a do ministro Paulo Guedes, da Economia, que chamou os servidores públicos de parasitas, acabam gerando atritos desnecessários.

A declaração do parlamentar foi dada em um evento com representantes da indústria, no Rio de Janeiro.

Segundo Maia, já que o governo entendeu que a reforma vai tratar apenas dos novos servidores públicos, não há porque trazer para o debate os atuais servidores e aumentar o conflito. Ele espera que o Executivo encaminhe a proposta ao Congresso ainda nesta semana.

“Frases mal colocadas geram atritos desnecessários, traz para o debate quem não deveria estar no debate. Estamos tratando dos novos, por que os antigos vão entrar? O governo já decidiu – não vou ficar elogiando ou criticando – o ideal é ter uma mudança na administração pública brasileira, se é para os novos, vamos enfrentar. É a nova administração pública”, disse o presidente.

Reforma tributária

Em relação à reforma tributária, Rodrigo Maia disse que o maior desafio é convencer algumas áreas do setor produtivo de que haverá aumento de impostos. Segundo o presidente da Câmara, a reforma vai melhorar a competitividade do setor privado brasileiro. “Nós estamos fazendo as simulações para dar conforto para todos os segmentos. Não há nenhum interesse na unificação do IVA, de prejudicar nenhum setor”, ponderou Maia.

Maia negou que esteja discutindo impostos sobre as grandes fortunas, pauta da reforma tributária levantada por partidos de oposição. O presidente informou que o que está em discussão é a possibilidade de tributar lucros e dividendos com redução da alíquota de imposto de renda da pessoa jurídica.

De acordo com Maia, caso essa proposta seja aprovada não há previsão de aumento de carga tributária. “Nunca tratei de grandes fortunas, nem vou tratar, não está na minha agenda. Na minha agenda está a possibilidade de tributar lucros e dividendos e reduzir a alíquota da pessoa jurídica, não há aumento de carga tributária nessa operação”, disse.

Com informações da Câmara dos Deputados

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