Ex-secretário de Administração do Estado e esposa são alvos de Operação da PF

O Ministério Público Federal (MPF), juntamente com a Polícia Federal (PF), deflagrou nesta quinta-feira, 14, a terceira fase da Operação Alcatraz, intitulada Operação Obstrução, visando à repressão de organização criminosa envolvida na prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O inquérito policial teve início após a apreensão de bens, documentos e equipamentos eletrônicos na residência de um dos investigados nos autos da Operação Hemorragia, identificando-se fortes indícios de que continuava envolvido com a prática de crimes, especialmente lavagem de dinheiro. O investigado é o ex-secretário-adjunto de Estado da Administração, Nelson Nappi Júnior, que voltou a ser preso.

Durante as investigações, constatou-se que, apesar de preso desde a primeira fase da operação, o indiciado, com auxílio de sua esposa, teria quitado, de forma suspeita, despesas elevadas em espécie e mediante utilização de cheque de terceiro, bem como teria ocultado a propriedade de veículo através de registro em nome de seu genitor, diz o comunicado do Ministério Público.

Também foram apontadas evidências de que o indiciado havia descumprido condição estabelecida para o cumprimento temporário da prisão em sua residência, vindo a manter contato com outro investigado.

Por fim, em razão de exames periciais realizados em aparelhos telefônicos apreendidos, foram localizadas conversas que demonstram que os investigados contavam com o auxílio externo para busca de valores com terceiros para quitação de dívidas, inclusive citando-se a prática de atos de constrangimento na tentativa de levantamento de valores.

Além do mandado de prisão preventiva, foram cumpridos cinco  mandados de busca e apreensão em Florianópolis  e São José .

A operação Alcatraz já resultou na prisão domiciliar do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), que foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Segundo a investigação, ele e outras pessoas teriam se beneficiado do esquema montado para fraudar contratos de licitação junto ao Governo do Estado.

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