A última – e única – indefinição em Blumenau com o fim da janela partidária era o destino do presidente da Câmara Municipal, Egídio Beckhauser, do Republicanos, pré-candidato a deputado estadual. Ele ficou onde estava, mas já cogita concorrer para deputado federal, situação sinalizada pelo Podemos, de Mário Hildebrandt, que o convidou para se filiar.
Ainda no sábado, faltando poucas horas para encerrar o prazo legal para trocar de partido, Egídio tentava a anuência da direção do Republicanos para deixar a sigla, ele que cumpre mandato de vereador e poderia perdê-lo caso trocasse de partido sem o aval da direção. Curiosamente, Egídio corre o risco de ter o mandato cassado por uma barbeiragem do partido, que teria inscrito duas candidatas laranjas para formar a cota feminina da chapa proporcional em 2020. O TRE decidiu por anular os votos em toda a chapa e, em consequência, cassar o mandato do presidente da Câmara. A decisão pode ser cumprida a qualquer momento, mas ele e sua assessoria jurídica estão confiantes que reverterão a decisão no TSE.
Além do Podemos, o vereador conta que recebeu um convite do União Brasil para filiar-se, sigla que já tem dois pré-candidatos de Blumenau a deputado estadual – João Paulo Kleinübing e Marcos da Rosa – e um a federal, Ricardo Alba.
Mas o Republicanos, partido do Governador Carlos Moisés, pré-candidato à reeleição e do presidente e deputado estadual Sérgio Motta, não abriu mão do passe de Egídio Beckhauser, que respeita a decisão e analisa os próximos passos.
O projeto para deputado estadual já estava sendo trilhado. A diferença é que, com a filiação de Moisés no Republicanos – que é boa, pois ter um governador como candidato à reeleição impulsiona as chapas proporcionais – a concorrência aumenta internamente, com quem entrou no partido a reboque, como os ex-secretários da Saúde, André Motta, do Desenvolvimento Economico, Luciano Bulligon, e Leandro Lima, do Sistema Penal. Sem falar no deputado Sérgio Motta, pastor da Igreja Universal de Deus, candidato à reeleição.
Para deputado federal, a concorrência interna é com o deputado estadual Mocelin e os ex-secretário Lucas Esmeraldino, Articulação Nacional, e Claudionei Marques, do desenvolvimento Social.
Caso opte em ir a federal, Egídio tem tudo para ser o candidato “oficial” do prefeito Mario Hildebrandt, que sonhava com ele no Podemos para ser candidato à Câmara dos Deputados depois que o delegado Egídio Ferrari deixou a sigla e foi para o PTB. Foi secretário municipal na gestão passada e elegeu-se na aliança que garantiu à reeleição do prefeito em 2020.
Disputaria em dobradinha com André Espezim, ex-secretário de Comunicação, pré-candidato a deputado estadual.
Beckhauser não tem mais a urgência da decisão, pois o novo prazo da legislação começa na segunda quinzena de julho, com o inicio do prazo das convenções partidárias. Mas precisa pressa para alinhar o prumo, no caso de mudança.
Os próximos dias devem ser de muitas conversas e análises de cenário.







Todos se merecem…..e ainda dizem que querem ser eleitos para o povo, pelo povo e com o povo .
Meu voto jamais .