Dívida do Hospital Beatriz Ramos, em Indaial, passa dos R$ 17 milhões

Foto: Amanda Bittencourt

Nesta quarta, 8 de maio, o prefeito de Indaial, André Moser, realizou uma entrevista coletiva com a imprensa no Hospital Beatriz Ramos para apresentar a real situação financeira do HBR. Também estiveram presentes a interventora do Hospital, Adriane Ferrari, e o secretário interino de Saúde, Silvio César da Silva.

Atualmente a dívida consolidada do HBR até o primeiro trimestre de 2019 é de R$17.647.351,53, a maior da história do Hospital. Esse valor é composto, em sua maioria, por dívidas com fornecedores e obrigações trabalhistas e tributárias. Além disso, o HBR apresenta um déficit mensal de aproximadamente R$200 mil, no qual a receita atual não cobre todas as despesas.

Em um levantamento realizado, foi detectado que a taxa de ocupação dos leitos têm decaído nos últimos anos: em 2012 era de 60,36%, em 2017 diminuiu para 34,50%. Os serviços clínicos hospitalares também apresentam recaída. Quanto aos procedimentos cirúrgicos realizados, em 2012 foram de 1.290, esse número recaiu para 924 em 2018. Também diminuiu o número de atendimentos clínicos: em 2012 era de 1.806, em 2018 passou para 1.022.

“Nesse panorama podemos observar que consequentemente ocorreu a diminuição dos valores recebidos no HBR, ou seja, menos receita para ao Hospital, contudo o custo físico e operacional permaneceu”, analisa o prefeito André Moser.

Dessa forma, a meta inicial é estancar o déficit mensal. “Para reverter essa situação montamos um plano de trabalho junto à equipe que visa incrementar a receita do HBR”, comenta Moser.

Entre as medidas estão melhorar o controle de medicamentos e materiais hospitalares, assim como a utilização dos sistemas informatizados; reestruturar o centro cirúrgico para retomar a confiança de atendimento no Hospital junto ao corpo clínico e usuários e consequentemente aumentar a taxa de ocupação dos leitos; reduzir o tempo de espera dos atendimentos do Pronto-Socorro; aumentar o faturamento em convênios e particulares; rever os contratos, muitos realizados verbalmente, e os aluguéis de consultórios.

“Os desafios são muitos, mas queremos retomar a credibilidade do HBR junto à comunidade”, finaliza Moser.

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