Dia D para SC: quem fica no Governo, Moisés ou Daniela?

Foto: Alesc/arquivo

Depois de tentativas de adiar o julgamento sem sucesso, acontece nesta sexta-feira, a partir das 9 horas, o julgamento do mérito da denúncia contra o governador afastado Carlos Moisés (PSL) no caso da compra fraudulenta de respiradores junto a Veigamed, fruto da denúncia oriunda da CPI criada para apurar a negociação.

Apesar da disputa não ser entre Moisés e a governadora interina Daniela Reinerh (sem partido), muita guerra de bastidor foi travada neste sentido, com tropa de choque – em especial na Assembleia Legislativa – dos dois lados tentando construir fatos e narrativas que pudessem beneficiar ou prejudicar um dos dois.

A matemática para o julgamento é relativamente simples, o prognóstico também parece, mas em política nada é definitivo. Para que Carlos Moisés seja condenado e afastado definitivamente são necessários sete votos, dos dez integrantes do júri, composto por cinco desembargadores e cinco deputados.

Quando da votação pela admissibilidade da denúncia, em março, era necessário maioria simples e o placar foi de seis a quatro para que o julgamento prosseguisse. Na oportunidade, quatro deputados entenderam que não havia motivos para receber a denúncia e não faz sentido eles mudarem de posição agora. São eles Valdir Cobalchini (MDB), José Milton Schaffer (PP), Fabiano da Luz (PT) e Marcos Vieira (PSDB).

O MDB e o PP estavam no Governo Moisés, sendo que José Milton era líder do Governo. O voto de Marcos Vieira esteve bem fundamentado e o PT dificilmente engoliria uma bolsonarista no comando do Estado.  Portanto, as chances de mudança são mínimas.

Diga-se de passagem, eu acredito ser mais fácil um ou mais desembargadores mudarem o voto, por entenderem a inocência do governador afastado, do que um destes deputados.

A sessão promete ser longa, mas SC precisa de um ponto final nesta história.

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