Ainda repercute a eminente saída de Akira Sato do comando da Polícia Civil de SC, cerca de 20 dias após assumir no lugar de Paulo Koerich. E as respostas ainda não vieram. O pedido de exoneração do delegado seria por conta de uma suposta tentativa de interferência na investigação que a polícia faz na compra de equipamentos para o Porto São Francisco, intermediada pela SC PAR e secretaria de Administração.
O assunto deve dominar a pauta na Assembleia Legislativa nesta semana e alguns deputados já se mobilizam. Dois deles são do Vale do Itajaí, Laércio Schuster (PSB) e Ivan Naatz (PL), que fazem oposição ao governo de Carlos Moisés (sem partido).
Naatz promete convocar o delegado demissionário para explicar na Assembleia os motivos da saída. “São questões graves que envolvem o controle de recursos públicos, dinheiro do contribuinte e que não podem ficar na dúvida, necessitam de esclarecimentos urgentes”, escreveu em suas redes sociais.
Laércio anuncia que vai propor um projeto de lei com o objetivo que o Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina seja nomeado a partir de uma lista tríplice elaborada pela própria categoria e com mandato fixo de 2 anos.
“Venho acompanhando o caso com a seriedade que exige e ainda não havia me manifestado porque, primeiro, quis conversar com alguns delegados sobre essa crise, o que resultou na ideia do projeto”, disse o Deputado. “O que aconteceu com o Dr. Sato é um alerta para a sociedade e precisamos evitar as possíveis pressões para jogar investigações de corrupção no Governo do Estado para debaixo do tapete”.
O ex-prefeito de Timbó defende que, ao ser escolhido o Delegado-Geral a partir de uma lista elaborada pela própria categoria e com mandato fixo, será possível garantir a independência nas investigações da Polícia Civil.
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