A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Blumenau, que investiga possíveis irregularidades no contrato de concessão do serviço de esgotamento sanitário no município, convocou o atual presidente do Samae, Alexandre de Vargas, para prestar esclarecimentos nesta terça-feira, a partir das 10 horas.
O depoimento, naturalmente, é cercado de expectativas, afinal Vargas é o responsável pela assinatura do controverso quinto aditivo no final do mês de março. E ganha novos ingredientes depois da revogação deste aditivo, determinada pelo prefeito Egidio Ferrari (PL) na sexta-feira passada, e da manifestação da BRK, empresa concessionária, que ingressou na Justiça contra a decisão da Prefeitura nesta segunda.
Por que assinou o aditivo? Não ficou incomodado com os termos? Por que só pediu parecer ao TCE depois de assinar e não antes? Não tinha conhecimento da auditoria? Não daria para esperar o resultado dela? E o decreto sobre o caminhão limpa-fossa?
Sem pensar muito, me vieram essas rapidamente na cabeça mas tem outras.
O depoimento de Alexandre de Vargas não estava previsto para esta semana. A convocação inicial era para representantes da comissão interna do Samae, não foi possível e então chamaram o presidente do Samae. Isso foi na sexta-feira. Coincidência ou não, neste mesmo dia, houve a revogação do aditivo, horas depois.
A revogação baixa a fervura do depoimento? Não é possível dizer.
Vargas, que é policial civil como Egidio Ferrari, entrou num vespeiro que não é dele. Homem de confiança do prefeito, terá um teste de fogo nesta terça-feira, para falar sobre um assunto que se arrasta desde 2010, mas caiu no seu colo a partir de janeiro deste ano.
Todas as reuniões são transmitidas ao vivo pela TV Legislativa, no canal aberto digital 4.2, canal 14 da NET e pelo YouTube.
Isto é que dá colocar professor de matemática como instrutor de paraquedismo .
Sabe ensinar a contar os minutos para abrir o paraquedas , só não ensinar como fazer para abrir .