A Câmara de Vereadores de Indaial realizou nesta segunda-feira uma sessão extraordinária marcada por intensos debates e embates políticos em torno da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Merenda Escolar. O requerimento para abertura da CPI foi protocolado com o apoio de 1/3 dos vereadores, como prevê o Regimento Interno, e contou com a assinatura de Lúcio Vanderlinde (NOVO), Elton Possamai (NOVO), Elaine Pickler (PSDB), Dudu Cunha (MDB) e Henrique Fritz (MDB).
A comissão foi oficialmente instaurada com o objetivo de apurar possíveis irregularidades no fornecimento da alimentação escolar no município, envolvendo contratos milionários e denúncias de má qualidade nos alimentos servidos às crianças da rede pública.
Durante a sessão, o vereador Lúcio Vanderlinde defendeu uma metodologia alternativa para a composição da comissão, pois sabia que a oposição teria minoria.
“Para que a CPI tenha credibilidade diante da população, defendi que dois membros viessem entre os proponentes do requerimento, e o terceiro fosse escolhido por votação do plenário. Seria uma forma justa de garantir equilíbrio e imparcialidade”, afirmou Vanderlinde.
No entanto, a sugestão não foi acatada pela maioria. A formação da CPI acabou sendo definida por votação em plenário, resultando na presença de dois da base governista, que ficaram com a presidência e a relatoria. Flávio Augusto Ferri Molinari (PSD) ficou como presidente, Fernanda dos Santos Moser (PL) como relatora e Lúcio Vanderlinde.
“A CPI foi aberta por cinco vereadores com base em indícios e denúncias que merecem ser apurados com seriedade. Ao formar uma comissão onde dois dos três membros são da base do governo, há um risco claro de comprometimento na condução das investigações”, avaliou o Lúcio.





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